SL Benfica 2017 / 2018. Parte III.II.

FUTEBOL - Zivkovic, durante o jogo SL Benfica Vs Derby County FC, para o Algarve Football Cup, no Estadio Algarve, em Loule. Sabado, 16 Julho de 2016. (ASF/CARLOS VIDIGAL JR.)

As alas ofensivas.

Excesso de jogadores no plantel levará Rui Vitória a cortes. Continuará com cinco opções para somente dois lugares? Decisões que dependerão também do mercado.

Sálvio. O mais forte de todos nas zonas de finalização. A sua agressividade no ataque à grande área e a forma como finaliza quer de cabeça quer rematando com ambos os pés, tornam-o útil. Demasiadas vezes menos ligado ao jogo colectivo, embora se tenha na última temporada envolvido com Nélson em bons lances de recorte combinativo, faz valer-se da sua capacidade de explosão para provocar desequilíbrios no 1×1 ofensivo. Ainda assim, é no capítulo da finalização, onde é muito superior a todos os outros que faz por merecer ter as oportunidades.

Carrillo. Foi perdendo paulatinamente a capacidade de desequilibrio que tinha quando chegou a Portugal. Menos forte no drible, menos “serpenteador”, vale hoje bastante mais pelo critério com que define os lances. Percebe os momentos de pausar ou acelerar cada lance, e não se impressiona com o ruído da bancada. Focado, é cumpridor também defensivamente. Dependendo do estilo que pretende Rui Vitória terá maior ou menor preponderância. Porém, com tão forte concorrência, só uma entrada muito forte na pré temporada poderia levar o seu treinador a optar por si.

Cervi. Velocidade de execução enorme, grande qualidade no drible e facilidade para ultrapassar oposição. Tudo valências ofensivas em cima de uma disponibilidade e agressividade defensiva pouco comum em jogadores com tal perfil ofensivo. Por ser completo em cada momento do jogo, será sempre um jogador importante. Ainda que, precise de perceber que o jogo não é só acelerar.

Zivkovic. Cresceu com o jogo ao longo da temporada passada. É um talento com uma qualidade técnica inacreditável e com capacidade para jogando da direita para dentro partir todo um corredor e ligar ofensivamente em zonas de criação a equipa. É ainda bastante jovem e continuar a competir e sobretudo treinar num contexto tão elevado contribuirá para que atinja o seu potencial. Quanto mais cedo chegar onde… irá chegar, maior destaque terá.

Rafa Silva. O extremo de quem se esperava mais na temporada passada. Os erros sucessivos no momento de finalizar foram-lhe retirando confiança, porque no mais, sempre um jogador com critério, que percebe quando deve e pode acelerar, quando deve atrair, fixar e ou soltar. Foi o melhor nos derbys e nos clássicos na Luz, pelo critério e pelo desequilibrio que provocou. O tempo que passou em espaços menos habituais terá retirado a confiança de um jogador incrível. Tudo o que precisa é de sentir-se confortável para poder candidatar-se a figura da época.

Willock. O facto de chegar de um clube importante deu-lhe crédito para integrar os trabalhos da primeira equipa. Independentemente do potencial técnico e físico que apresenta, dificilmente terá espaço no plantel principal perante tantas opções e todas de qualidade. Deverá evoluir na Equipa B, e dependendo do impacto causado na segunda Liga, outras decisões chegarão mais tarde.

Diogo Gonçalves. Um Mundial sub 20 em grande nível trouxe de volta a Portugal um extremo confiante e altamente valorizado. Bom tecnicamente, com muita capacidade e vontade de aprendizagem, Diogo apresentava já qualidade acima do contexto onde estava inserido. Subir degrau a degrau será o mais indicado para que possa mais tarde poder chegar ao plantel principal, pelo que um empréstimo com garantias de muito tempo e muita importância num clube da primeira Liga se afigure como o passo mais indicado.

Heri. Apesar de integrado no estágio da equipa principal, ainda é demasiado cedo para Heri. Rápido e com bom drible, mas com pouco tempo de prática pelos contextos que foi experenciando. Procurar ser uma figura ainda de maior destaque na Equipa B encarnada deverá ser o próximo passo do extremo, antes de tentar chegar à primeira Liga.

 

Sobre Rodrigo Castro 219 artigos
Rodrigo Castro, um dos fundadores do Lateral Esquerdo. Licenciado em Ed física e desporto, com especialização em treino de desportos colectivos, pôs graduação em reabilitação cardíaca e em marketing do desporto, em Portugal com percurso ligado ao ensino básico e secundario, treino de futsal, futebol e basquetebol, experiência como director técnico de uma Academia. Desde 2013 em Londres onde desempenhou as funções de personal trainer ligado à reabilitação e rendimento de atletas. Treinador UEFA A.

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