Ir dentro, para ganhar condições para cruzar. Primeira parte do Sporting na Vila das Aves.

A primeira parte do primeiro jogo da Liga 2017 / 2018 a ficar nivelada muito por baixo. Muito poucas jogadas ligadas o suficiente, pouca capacidade para jogar nos espaços curtos, incapacidade para criar desequilíbrios que não de forma individual e somente quando Gelson recebia no pé, e sem se gerarem espaços por atrair ou fixar adversários. Uma primeira perte sem enganos (sem conseguir enganar-se oposição!), a tornar-se uma parte bastante monótona.

O momento de jogo mais forte hoje foi a organização defensiva

Jorge Jesus

Principais lances para além do golo em transição ofensiva, após canto do Desportivo das Aves, sempre que o Sporting conseguia colocar a bola nas costas dos médios adversários no corredor central.

Porquê?
a) Porque quando o faz, e quem recebe consegue enquadrar, obriga adversários a tomar decisões. Um central sai, lateral junta para bola não entrar entre ele e o central que saiu, e há espaço fora para posterior cruzamento. Que terá sempre maiores possibilidades de encontrar o sucesso, porque já se desposicionou o central adversário antes! Totalmente diferente de sair pelo corredor lateral, chegar à linha de fundo e despejar para cima.

b) Porque quando adversário toma as decisões erradas, o lance ganha contornos de maior perigo, pela possibilidade que se abre para que dali entre um passe de ruptura para posterior finalização com avançado isolado perante somente o guarda redes.

Nota mais para William Carvalho. Quase tudo o que de positivo o Sporting construiu foi William a iniciar. Ninguém como ele que na liga nacional ocupe a posição mais recuada no meio campo consegue descobrir espaços e colocar a bola no local exacto à hora correcta. Perdê-lo será um downgrade acentuado na forma como o Sporting tenta ligar o jogo desde trás.

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

4 Comentários

  1. Os constantes gritos de Jesus a pedir aos centrais para lateralizarem, e ao laterais para jogarem fácil na linha não ajudam a uma manobra ofensiva mais capaz deste Sporting

  2. Jogo muito fraco contra novos primodivisionários com menos semanas de preparação. Pareceu que Patrício teve trabalho mais difícil para fazer. E sem aquela sorte nos golos, não sei não…

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