Do oito ao oitenta, a transformação do FC Porto de uma temporada para outra.
Porque sofreu poucos golos na temporada passada, ficou para muitos a sensação de que era uma equipa competente defensivamente. Não era! Teve jogadores competentes a defender, que venceram duelos sucessivos e resolveram de forma individual problemas. Colectivamente, a defender era um FC Porto sem princípios. Sem qualidade.
Ofensivamente, muito pouco audaz e muito pouco inteligente. A boa marca defensiva prendia-se sobretudo com a competência individual e com a identidade ofensiva, que não permitia que a equipa abrisse e jogasse, com medo de perder e sofrer transições defensivas. Por isso talvez tenha sido o ano em que a equipa azul e branca mais vezes ficou a zero.
Os traços para 2017 / 2018 alteraram-se por completo.
Organização a defender, ousadia a atacar.
No seu processo ofensivo, surge sempre com muitos, muita projecção dos laterais, muita gente dentro que se juntam entrelinhas aos avançados, e Óliver que vai aparecendo onde o jogo pede. Seja mais baixo para iniciar ataques, ou mais subido entre linhas, quando tal é permitido. Mesmo quando a bola chega ao corredor central para Alex cruzar, a presença na área é de tal forma elevada que colocar com critério a bola por cima é deixar oposição em apuros. Para a transição defensiva deixa Danilo e os dois centrais. Numericamente poucos, mas porque fortes nos duelos, têm chegado e sobrado para impedir até que os adversários tenham possibilidades de finalizar.
Em Organização defensiva, um FC Porto novo. Linhas muito juntas e alas que defendem de forma articulada com médios centro. Médios que se movem em função dos espaços e de si próprios, ora saindo para pressionar com bola no seu lado do campo, ora baixando para cobertura ao sector médio, e protecção ao espaço à frente dos centrais, quando bola na outra metade do campo.
Para a presente temporada alia qualidade individual a competência colectiva. O salto qualitativo que Sérgio Conceição trouxe para o Dragão tornam a equipa azul e branca mais candidata do que havia sido nos últimos três anos.
E quantas equipas marcarão a este FC Porto, que à excelência nos duelos junta agora posicionamentos e comportamentos colectivos?
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Ainda acho o processo ofensivo relativamente básico… Ainda é muita bola pela ala, fé no Telles (que cruza optimamente) e 4 para a área! Como tem avançados que são um portento fisicamente pode resultar, mas acho curto. Pelo menos neste jogo e Tondela foi assim..
Ainda acho o processo ofensivo relativamente básico… Ainda é muita bola pela ala, fé no Telles (que cruza optimamente) e 4 para a área! Como tem avançados que são um portento fisicamente pode resultar, mas acho curto. Pelo menos neste jogo e Tondela (que foi os que vi) foi assim..
Excelente. Obrigado pelo post.
Consideras a defesa do Porto, no que diz respeito à qualidade individual e organização colectiva, superior à do Benfica e Sporting?
qualidade individual, para os momentos defensivos, sim.
Eu ainda não vi o atual Porto a jogar mas estou espantado com os elogios que aqui leio em relação a Conceição. Conheci bem o seu trabalho em Braga e, apesarde resultados bem aceitáveis, era um básico, o futebol que a equipa apresentava era primitivo. Em Guimarães… Mais do mesmo. Entre Nantes e Porto surgiu a metamorfose!?!?
obrigado. muito interessante
Esperem por mais jogos. Maior dimensão de adversários para se tirar um traço mais global. Tudo muito precoce ainda. Para não “magnificar”.