Bruno e Gelson, em cima da organização.

Impressionante o jogo de Bruno Fernandes, a guiar o Sporting até à prova milionária. Mas, não foi somente o segundo avançado, ou terceiro médio no momento defensivo, a definir assertivamente as bolas que tocava. No último terço, Gelson Martins recebia os brindes e ora ofertava-os ora finalizava.

Dois jogadores muito talentosos e muito jovens, que provam a importância de se competir regularmente e em contextos complicados para se poder paulatinamente aumentar qualidades na definição, expressa no binómio decisão – execução. É a capacidade para definirem que os torna jogadores de rendimento imediato.

Bruno não só a definir com qualidade, mas também a entender momentos para melhor enquadrar decisões, pausando o jogo sempre que necessário, e acelerando-o com os seus passes certeiros, sempre que havia espaço. Das suas decisões construiu e criou vários golos que levaram o Sporting até ao sorteio da prova maior de clubes.

Do seu posicionamento defensivo, interligando-se com linha média, da mesma forma que Battaglia o faz com linha defensiva, aumenta a competência defensiva colectiva do Sporting, mas também aumenta a sua intervenção ofensiva nas transições, uma vez que mais baixo, recebe mais cedo a bola, para poder então desequilibrar e fazer jogar os mais rápidos.

Com Gelson, uma sociedade que se forma, com intenções de alimentar os homens de área. Bas Dost ou Doumbia.

Defensivamente, a organização habitual, com a nota cada vez mais clara sobre o papel de Battaglia. Mais do que um médio centro direito, num duplo pivot, é um médio defensivo que se liga à linha defensiva, e que tantas vezes se posiciona em linhas diferentes de quem o acompanha, por preocupado com os equilíbrios defensivos. Um regresso a um perfil antigo de Jorge Jesus, com um “seis” mais declarado, que terá sido perdido quando pôde juntar Matic a Enzo.

 

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Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

2 Comentários

  1. Se ja se dava o sistema, e a organização de Jesus como antiga e gasta, eis que com meia duzia de jogadores de topo,a equipa de Jesus parece novamente fantástica.

    Isto só reforça que o jogo é jogado por jogadores!

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