No Rio Ave, o Rúben Ribeiro. Se estiver nos seus dias, faz um jogo de se lhe tirar o chapéu. No Benfica, o perigo vem do Pizzi. Se lhe derem espaços controla o jogo por completo.
Roderick Miranda
Em Vila do Conde não se defrontam apenas duas equipas líderes da prova. É o jogo que coloca frente a frente dois mestres do jogo em Portugal. Rúben a partir de um espaço diferente do de Pizzi, mas também ele a grande referência para pensar todo o jogo vila condense. Do corredor esquerdo baixa para receber e liga o jogo sempre com ideias e qualidade técnica. Dos seus pés nasce não só a construção do jogo, mas também os desequilibrios em drible e passe, sempre definindo sem pressa mas antes com o timing perfeito para acelerar ou abrandar o jogo se oposição está organizada.
Pizzi cada vez mais nos jogos mais complicados fora de casa, como aconteceu em Chaves, a referência de toda a equipa para colocar ideias na organização ofensiva encarnada. Ora baixando para a linha de três quando sai a jogar, ora colocando-se entre sector avançado e médio dos adversários, para mais próximo de Jonas e dos alas, pautar o jogo já em zonas de criação.
Com a presença de Felipe Augusto, é bem provável que o maestro encarnado pise terrenos mais adiantados e demonstre a sua influência mais próximo do último terço, na forma como liga quer corredores, quer com o espaço nas costas dos médios adversários.
O Pizzi tem um andamento e uma rotação diferente mas o Rúben tem um perfume diferente. E ainda por cima sabe tudo sobre o jogo.
Aos 30 anos e se eu tivesse uma equipa, calçava sempre. Craque.