Muito recentemente falei aqui sobre a crescente importância dos movimentos de ruptura realizados pelo extremo / ala do lado oposto à bola.
Num jogo em que cada vez mais tudo importa, os movimentos de ataque à profundidade cada vez mais a fazerem sentido ser feitos pelos extremos do lado oposto à bola.
Tudo a ver com posicionamento da última linha adversária, e posicionamento dos jogadores da própria equipa. Com guarda redes que saem às bolas na profundidade, que e jogam muito mais fora da baliza que antes, todo o metro é importante.
Rupturas pelo ala do lado oposto porquê? Porque bola entra no espaço onde defesas desse lado estão com os apoios (pés) virados para a frente, para que consigam ver a bola, e portanto o tempo que vão demorar a rodar para ir buscar a bola às costas, será um pouco maior. Porque o facto de o movimento ser feito a partir do lado oposto, permite a quem quer receber a bola já se deslocar em corrida ao longo da linha defensiva, e portanto quando a bola sai, enquanto defesas estão parados e vão rodar para ir até ao local de queda da bola, ala do lado oposto já está de frente e vem em corrida!
E portanto, demasiadas vezes, se bem coordenado o passe com o movimento e se última linha mal posicionada em altura, pouco importará quem é mais rápido. Porque nem o Usain Bolt se tiver que arrancar de costas chegará primeiro aos 15 metros que um extremo de qualquer equipa da Liga, que parta já em corrida!
Em Manchester, o consolidar da vantagem e da liderança, a chegar de um movimento de Lingard, que do corredor direito ataca a profundidade na metade esquerda do campo.
Golo do Benfica, em Chaves. Mas, afinal, o Vitória é horripilante.