Decisões e posicionamentos. Estados Unidos sem futebol.

[multilanguage_switcher]

Jogas futebol com a cabeça, as pernas apenas estão lá para te ajudar

Johan Cruyff

No futebol, cada vez mais, praticamente tudo se resume a posicionamentos e boas decisões. São as duas variáveis que determinam quem joga bem e quem joga mal este jogo.

Posicionamento defensivo, obrigatoriamente articulado e coordenado entre elementos do mesmo sector, e também entre sectores diferentes. Defender bem envolve sempre movimentos em conjunto, tapando espaços, condicionando oposição a não entrar pelo espaço central, não deixando nunca que sobrem poucos atrás da linha da bola para defender a situação de jogo.

Posicionamento ofensivo, expresso na tomada de decisão sem bola. Aproximar? para onde desmarcar? Aclarar?

E tomada de decisão, porque cada decisão muda as condições e probabilidades para se chegar ao golo. Um lance prometedor pode nunca sequer chegar a parecê-lo se há uma má decisão. Ou outro que não pareça prometedor transforma-se pela decisão do portador.

A selecção dos Estados Unidos da América apresentou-se nas Honduras de forma bastante decepcionante. Sem qualquer organização nos posicionamentos, sem qualidade nas decisões com bola. Em tudo o que mais importa para se jogar bem o jogo, a qualidade apresentada foi de um nível demasiado baixo. E se tomar decisões com bola exige sobretudo talento e inteligência, os posicionamentos defensivos poderiam e deveriam estar melhor trabalhados.

Nos Estados Unidos, o futebol está ainda a anos luz da realidade Europeia.

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

7 Comentários

  1. Com aquele numero 4 USA a medio defensivo (?), ate eu com a minha barriguinha brilhava a 10 🙂 Para que correr se podes ir a trote…?
    Isto e’ futebol pre 1990s, futebol a passo, as equipas estendidas pelo campo…
    Que se lixe, isto e’ futebol pre fora de jogo … 🙂

  2. Excelente análise. Mas a melhor parte é a justificação dos maus resultados por parte do seleccionador Bruce Arena. Segundo ele, a culpa é do Trump!!! Por causa da antipatia que provoca aos países da América Central, estes esforçam-se mais quando jogam contra os “States”!! Lol! Fartei-me de rir quando li isto!
    Podem ter excelentes condições para praticar mas, falta-lhes muita matéria humana com conhecimento do jogo para poderem evoluir.

    Paulo Pereira

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*