Confronto de Estilos. Pep Guardiola recebe Jürgen Klopp.

LIVERPOOL, ENGLAND - DECEMBER 31: (THE SUN OUT, THE SUN ON SUNDAY OUT) Jurgen KLopp Manager of Liverpool with Josep "Pep" Guardiola during the Premier League match between Liverpool and Manchester City at Anfield on December 31, 2016 in Liverpool, England. (Photo by Andrew Powell/Liverpool FC via Getty Images)

[multilanguage_switcher]Recomeça amanha a Premier League com um dos jogos mais aguardados da temporada.

A recepção do City de Pep Guardiola ao Liverpool de Klopp.

Duas equipas extremamente competentes naquilo a que se propõem fazer, mesmo tendo estilos tão antagónicos. De um lado os citizens que querem a bola o tempo todo, e do outro os reds que simplesmente não a pretendem por mais de sete, oito segundos por ataque. Os segundos suficientes para após a recuperação da bola fazerem balançar as redes adversárias.

Previsão de um jogo extremamente difícil para ambos os conjuntos. Para o Liverpool porque poucas equipas na realidade mundial têm a qualidade na construção do City. Será bastante mais difícil impedir a construção e criação da equipa de Pep do que o habitual nos jogos da Premier. Porque a equipa de Pep tem um jogar inteligente, envolve todos no processo ofensivo, e traz os centrais para iniciar desequilíbrios, progredindo, atraindo elementos da linha média dos Reds, para posteriormente soltar nas suas costas. Não bastará a habitual concentração defensiva no seu 451 de Klopp para manter a salvo a sua última linha. City que adianta muitos elementos e cujo tipo de jogar lhe permite perder a bola sempre em zonas onde tem forte presença, o que dificultará a transição dos reds no primeiro momento, ainda antes de poder a bola chegar a Mané ou Salah.

Não será mais fácil do que para o Liverpool, o jogo para os comandados de Pep Guardiola. Muita posse, naturalmente, mas sabendo que do outro lado há um opositor confortável com isso. A linha média dos reds a cinco e a concentração defensiva da equipa de Klopp tornam mais difícil conseguir o primeiro objectivo ofensivo dos citizens, isto é, entrar no espaço intersectorial adversário. Embora seja a equipa de Manchester um colectivo muito bem preparado para os momentos da perda, sobretudo porque reage rápido e com muita presença na zona onde perde a bola, e porque a perde onde a pode perder, o que lhe garante normalmente transições defensivas seguras, perante um opositor com a qualidade pós primeiro e segundo passe após a recuperação, do nível do Liverpool, a certeza de que os reds não precisarão de ligar mais de três ou quatro transições com os seus alas para poderem castigar a equipa da casa.

 

 

 

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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

2 Comentários

  1. Por acaso, na época passada, em Anfield (já vi que o jogo de amanhã vai ser em Manchester) foi exactamente ao contrário do que prevês. Um City encostado às cordas a desistir de construir – foram 90 minutos de charutos lá pra cima. 3-0 para o Liverpool que dominou completamente, do princípio ao fim. Veremos amanhã, estou ansioso.

  2. Chegou a prometer naquele arranque contra-natura para ambos. Depois o 1-0 ali por aquele meio “aberto” do Liver. Frágil demais com Klavan. Com a expulsão, virou um treino.

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