O que é jogar bem? Tremendo Messi contra a Venezuela.

[multilanguage_switcher]Os anos passam, mas poucos continuam a perceber o que é de facto rubricar uma boa exibição individual. Procura-se na estatística algo que ajude. Quantos golos marcou, quantas assistências fez?

Em suma, se um jogador tocar na bola cem vezes, em noventa e cinco delas a passar ao adversário, e nas outras cinco cobrar cinco grandes penalidades de forma exemplar, tal será tido como uma exibição de sonho.

Nada mais errado. Jogar bem tem a ver com contexto! Se no contexto não foi proporcionada uma bola para finalizar como se pode concluir que jogou mal porque não marcou? Jogar bem é decidir em prol de um objectivo comum. Tornar as situações de jogo mais fáceis para os colegas, e consequentemente mais capazes de poder levar a equipa ao golo. Jogar bem é criar condições para o sucesso comum! Seja marcando ou assistindo, ou não! É criar espaço, e usá-lo! É construir quando é para construir, criar quando nem mesmo os mais atentos conseguem vislumbrar condições para tal, e finalizar quando há oportunidade para tal.

As criticas ao jogo de Messi na qualificação para o Mundial deixaram-me imensas dúvidas. Até hoje não vi o argentino ter um jogo infeliz. Um jogo em que não aproximasse consecutivamente a cada bola que toca a sua equipa do golo. Resolvi ir perceber.

E como não seria de espantar, mais uma exibição assombrosa do jogador mais genial que a história deste desporto já nos permitiu ver. Sempre sem opções, sempre sem espaço e perante quatro, cinco, seis adversários… mas sempre a criar! A ganhar espaço para os colegas e a proporcionar-lhes condições para serem bem sucedidos! Cada bola que lhe chega ao pé, quando sai, encontra sempre uma situação mais vantajosa e mais próxima de ser golo! Tudo o que fez na partida contra a Venezuela é… jogar bem!

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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

2 Comentários

  1. É por parecer tão banal que muitas vezes passa despercebido jogadores como Iniesta ou Xavi. A genialidade está à vista mesmo neste jogo. há jogadas que só uma mão cheia de jogadores são capazes de o fazer! com esta regularidade actualmente só mesmo messi. podemos dizer que o messi podia fazer melhor? tomou más decisões? tecnicamente esteve mal? o desafio é perceber o que falhou!

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