Tudo igual na primeira parte.

A partida se traduziu com a dicotomia ataque e defesa na maioria do tempo. Flamengo com mais posse e tentativa de atacar e Cruzeiro se defendendo e acionando muito mal suas saídas em contra-ataques. No plano estratégico dos treinadores para a partida muita distinção nas suas intenções. Reinaldo Rueda buscando levar vantagem para a segunda partida e Mano Menezes buscando levar a decisão do confronto para sua casa.

O treinador brasileiro foi premiado pela falha individual do goleiro flamenguista em uma partida que sua equipe entrou em campo claramente para não perder. Primeiro tempo dedicado a fechar os espaços de criação do Flamengo e sem saber o que fazer quando recuperava a bola. O Cruzeiro não fazia a dinâmica tradicional de quem fecha espaços pequenos para explorar espaços grandes. Recuperou a posse de bola e não expôs o Flamengo ao perigo com velocidade contra sua dupla de zagueiros de idade avançada. Réver 32 anos e Juan 38 anos. O cenário poderia ser perfeito para uma armadilha daquelas.

Mano Menezes preferiu se resguardar e nessa discussão entra uma mudança que ocorreu exclusivamente para esses dois jogos da final. O Gol feito na casa do adversário. Ele não é válido como critério de desempate no saldo de gols e assim sendo Mano não lançou seus laterais ao ataque e muito menos arriscou acelerar sua transição ofensiva.

Do outro lado Reinaldo Rueda sem poder contar com diversos nomes de sua equipe ideal (o goleiro Diego Alves foi uma delas) buscava encontrar soluções para equipe furar o bloqueio azul. Começou com ataques pelos flancos, mas foi através dos lançamentos em profundidade de Diego Ribas que levou seus primeiros perigos. Berrío e Willian Arão atacavam os espaços criados por Lucas Paquetá que atraia a atenção e arrastava os zagueiros para fora da área.

Na segunda etapa as equipes voltaram sem mudanças, mas após 10 minutos os treinadores começaram a mexer suas peças. Primeiro foi Mano Menezes que colocando Raniel na vaga de Sóbis deu vida ao seu ataque. Rueda foi além e colocou Vinicius Jr.(O menino do Real Madrid) na vaga do lateral direito Rodinei, mexendo então duas peças de seu tabuleiro. Pará(lateral esquerdo) foi jogar na lateral direita e Everton(Ponta esquerdo) foi jogar na lateral esquerda.

Willian Arão continuava a ter destaque no jogo ofensivo com suas incursões como elemento surpresa. É característica desse jogador que quando subiu da base do Corinthians, era reserva do mesmo Paulinho que executa essas movimentações pela seleção principal com Tite, que era seu treinador. Posso dizer que é o famoso Box-to-Box.

Flamengo continuava a martelar e teve seu prêmio originado de uma bola parada.

O jogo se encaminhava para uma vitória simples rubro-negra quando uma infelicidade do jovem goleiro Thiago marcou a noite. O contexto da meta do Flamengo não é nada bom. Alex Muralha que era o titular e inclusive foi chamado para a seleção brasileira, vive um ano de 2017 muito ruim, sendo execrado por um veículo jornalistico carioca. A pressão da torcida com a posição de goleiro está alta. Thiago vinha bem na partida, apesar de aparentar nervosismo em alguns lances, executou uma excelente defesa em finalização de Alisson no começo do segundo tempo, mas falhou no final.

No final o objetivo modesto de Mano Menezes prevaleceu. Leva a decisão para o seu estádio com a maioria de seus torcedores e só precisando de uma vitória simples para se sagrar campeão. Ele busca um cenário semelhante ao da partida contra o Grêmio pela semi-final. Equipe aguerrida, lutando por todas as bolas, Thiago Neves (que foi muito mal ontem) e Robinho inspirados e torcida montando um perfeito espetáculo.

Esse jogo foi aperitivo para o dia 27 no Mineirão, onde será conhecido o dono da taça de 2017 da Copa do Brasil.

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