Saídas em transição pensadas. FC Porto.

Desde bem cedo na época que se escalpelizou por cá os comportamentos do FC Porto.

No final da primeira jornada afirmava aqui:

Transição ofensiva também já por cá analisada. Dois avançados e várias possibilidades para sair rápido pela variabilidade de soluções que oferecem. Avançados a cair no corredor lateral no espaço libertado pelos laterais adversários, envolvidos na manobra ofensiva da sua equipa, e FC Porto a sair mais rápido logo à procura dos desequilíbrios individuais que surgem por haver muito espaço para Aboubakar explorar.

Havia de ser precisamente em duas saídas em transição rápida, da forma e com os movimentos que Sérgio Conceição pensou para o seu modelo, que o FC Porto castigaria a muito competente equipa flaviense.

A recepção ao Chaves ficou também marcada por ser, à quinta jornada, o jogo menos conseguido do ponto de vista defensivo da equipa de Conceição. Até decidir fechar o jogo, alas já sem capacidade ou disponibilidade para fechar espaço, e equipa a partir-se num 424. Não foi portanto de espantar o facto de ter o Desportivo criado mais perante o FC Porto do que provavelmente todas os outros adversários anteriores juntos.

Agora que continua sem sofrer golos na Liga, decorridas que vão cinco jornadas, a questão que já foi aqui colocada há muito tempo, mais válida do que nunca.

E quantas equipas marcarão a este FC Porto, que à excelência nos duelos junta agora posicionamentos e comportamentos colectivos?

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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

5 Comentários

  1. “Não foi portanto de espantar o facto de ter o Desportivo criado mais perante o FC Porto do que provavelmente todas os outros adversários anteriores juntos.”
    Isto não é verdade. O Braga também conseguiu criar mas o último passe nunca estava a entrar. Sendo que alguns deles o nível de dificuldade não era muito alto.

    Quanto ao lance do vídeo pode mostrar uma melhoria do ponto de vista de ataque mas também uma lacuna defensiva. Abriu-se um buraco no meio. Não fosse o jogador do Chaves ter falhado um passe que não era muito difícil possivelmente teríamos uma situação em que apareceria um jogador para um remate à entrada da área

    • Caro Ricardo Pereira

      Não houve lacuna defensiva do colectivo, houve uma lacuna defensiva individual de Layun (teria que reagir em vez de ter ficado a olhar) que não fechou a linha de passe.

      • Não é só o Layun que não fecha a linha de passe. O Alex telles também está muito afastado do resto da defesa.

        Está um médio do Chaves a entrar no meio e o médio não fechou o meio à frente da área. O passe saiu mal e acabou por ir ter com ele.

        Mas seguindo a jogada o Soares faz um mau passe que por desacerto do defesa passa e chega ao Aboubakar que remata com o defesa em cima dele e é feliz no ressalto.

        Até acredito que tenham feito contra-ataques com mais qualidade mas este não foi um deles.
        O único desequilíbrio de qualidade foi feito pelo Oliver quando recuperou a bola.

  2. Continuo na minha. Este FC Porto parece-me a reedição do Sporting de Leonardo Jardim: onze titular e praticamente mais nada, com a agravante de, no caso em apreciação, ser uma equipa que terá garantidamente de jogar duas vezes por semana durante seis semanas até dezembro – logo, com bem mais possibilidades de bater de frente com as suas limitações da pior maneira possível e o desgaste não só físico que isso, em princípio, implicará.
    Seja como for, a época vai realmente começar na terça-feira para todos – Braga e V. Guimarães incluídos.

    • Caro Ricardo

      Ricardo, Maxi e Layun já foram titulares no lado direito.

      Tiquinho já recuperou da lesão e pode ser titular.

      Otávio, Herrera e André André são boas opções para o meio campo.

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