Desde bem cedo na época que se escalpelizou por cá os comportamentos do FC Porto.
No final da primeira jornada afirmava aqui:
Transição ofensiva também já por cá analisada. Dois avançados e várias possibilidades para sair rápido pela variabilidade de soluções que oferecem. Avançados a cair no corredor lateral no espaço libertado pelos laterais adversários, envolvidos na manobra ofensiva da sua equipa, e FC Porto a sair mais rápido logo à procura dos desequilíbrios individuais que surgem por haver muito espaço para Aboubakar explorar.
Havia de ser precisamente em duas saídas em transição rápida, da forma e com os movimentos que Sérgio Conceição pensou para o seu modelo, que o FC Porto castigaria a muito competente equipa flaviense.
A recepção ao Chaves ficou também marcada por ser, à quinta jornada, o jogo menos conseguido do ponto de vista defensivo da equipa de Conceição. Até decidir fechar o jogo, alas já sem capacidade ou disponibilidade para fechar espaço, e equipa a partir-se num 424. Não foi portanto de espantar o facto de ter o Desportivo criado mais perante o FC Porto do que provavelmente todas os outros adversários anteriores juntos.
Agora que continua sem sofrer golos na Liga, decorridas que vão cinco jornadas, a questão que já foi aqui colocada há muito tempo, mais válida do que nunca.
E quantas equipas marcarão a este FC Porto, que à excelência nos duelos junta agora posicionamentos e comportamentos colectivos?
“Não foi portanto de espantar o facto de ter o Desportivo criado mais perante o FC Porto do que provavelmente todas os outros adversários anteriores juntos.”
Isto não é verdade. O Braga também conseguiu criar mas o último passe nunca estava a entrar. Sendo que alguns deles o nível de dificuldade não era muito alto.
Quanto ao lance do vídeo pode mostrar uma melhoria do ponto de vista de ataque mas também uma lacuna defensiva. Abriu-se um buraco no meio. Não fosse o jogador do Chaves ter falhado um passe que não era muito difícil possivelmente teríamos uma situação em que apareceria um jogador para um remate à entrada da área
Caro Ricardo Pereira
Não houve lacuna defensiva do colectivo, houve uma lacuna defensiva individual de Layun (teria que reagir em vez de ter ficado a olhar) que não fechou a linha de passe.
Não é só o Layun que não fecha a linha de passe. O Alex telles também está muito afastado do resto da defesa.
Está um médio do Chaves a entrar no meio e o médio não fechou o meio à frente da área. O passe saiu mal e acabou por ir ter com ele.
Mas seguindo a jogada o Soares faz um mau passe que por desacerto do defesa passa e chega ao Aboubakar que remata com o defesa em cima dele e é feliz no ressalto.
Até acredito que tenham feito contra-ataques com mais qualidade mas este não foi um deles.
O único desequilíbrio de qualidade foi feito pelo Oliver quando recuperou a bola.
Continuo na minha. Este FC Porto parece-me a reedição do Sporting de Leonardo Jardim: onze titular e praticamente mais nada, com a agravante de, no caso em apreciação, ser uma equipa que terá garantidamente de jogar duas vezes por semana durante seis semanas até dezembro – logo, com bem mais possibilidades de bater de frente com as suas limitações da pior maneira possível e o desgaste não só físico que isso, em princípio, implicará.
Seja como for, a época vai realmente começar na terça-feira para todos – Braga e V. Guimarães incluídos.
Caro Ricardo
Ricardo, Maxi e Layun já foram titulares no lado direito.
Tiquinho já recuperou da lesão e pode ser titular.
Otávio, Herrera e André André são boas opções para o meio campo.