Grimaldo. Importância do sector mais recuado em organização ofensiva.

Há vários anos atrás, Pep Guardiola referia que o Barcelona jogava bastante melhor ofensivamente quando Rafa Marquez, o defesa central, se exibia a um bom plano.

Com o espaço a reduzir-se, ou com marcações individuais mais apertadas aos jogadores mais adiantados, o ataque posicional para ser bem sucedido depende bastante da qualidade técnica e de decisões dos elementos que mais vezes tocam a bola. Isto é, dos mais recuados. Sem essa, diminui-se não só o tempo, mas também a qualidade da posse. Qualidade expressa em desequilibrios criados na estrutura adversária.

Grimaldo que só não é já um jogador de nível mundial, porque nunca consegue ter um número consecutivo de jogos que lhe permita manter a condição física desejável, a demonstrar tudo o que se vem afirmando por cá desde há muito.

Em ataque posicional, que é precisamente o período em que os grandes passam mais tempo ao longo dos jogos, o golo começa a desenhar-se das decisões dos mais recuados! E é por isso, que a assistência e o golo, por maior notoriedade que tenham, não têm mais importância que outras acções simples ou aparentemente banais, mas que são no fundo o que proporcionam a que metros mais à frente, a magia aconteça.

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Sobre Rodrigo Castro 219 artigos
Rodrigo Castro, um dos fundadores do Lateral Esquerdo. Licenciado em Ed física e desporto, com especialização em treino de desportos colectivos, pôs graduação em reabilitação cardíaca e em marketing do desporto, em Portugal com percurso ligado ao ensino básico e secundario, treino de futsal, futebol e basquetebol, experiência como director técnico de uma Academia. Desde 2013 em Londres onde desempenhou as funções de personal trainer ligado à reabilitação e rendimento de atletas. Treinador UEFA A.

9 Comentários

  1. Grimaldo dá logo outra saída de bola, mas é pena ser o único. Já o Luisão, o Lisandro/Jardel e o André Almeida, a bola tem picos. Quando se junta o Eliseu, são menos 3/4 a atacar. Perdemos também a colocação de bola do Ederson com as mãos e com os pés. Qual a solução? Não me está a parecer que o Rui Vitória esteja a conseguir adaptar-se à situação. Pede o mesmo a intérpretes diferentes.

    • Para mim a solução passa por tirar o ala esquerdo e substituí-lo pelo Krovinovic ou João Carvalho. Fica com uma linha de 4 mais recuada com o A.A., Luisão, Fejsa e Jardel, uma segunda linha de construção com o Grimaldo, Krovinovic e Pizzi. O Salvio e o Grimaldo dão largura e profundidade às alas (no caso do Salvio) e fica com dois jogadores no centro, o Pizzi e o Krovi, para o jogo interior. Neste momento, sem o Semedo e o Lindelof a ajudarem na saída, basta marcar o Pizzi e o Jonas que se anula o jogo do Benfica. Alem disso, com este novo posicionamento do krovi, dáva-se mais liberdade ao Pizzi para se ir associar com o Jonas e com o Salvio (já que até é melhor que o AA não suba muito.).
      Se jogar o Filipe Augusto na vez do Fejsa até fica menos complicado na saída já que serve como apoio e é bem melhor com a bola nos pés.

  2. Continuo a achar o Rui Vitória curto para o Benfica, no entanto já cresceu desde quando chegou ao clube.
    Mas dá a ideia que só conseguiu o que conseguiu devido a qualidade dos jogadores e não da sua qualidade como treinador.

    Também me parece que há jogadores fora de forma, a quem o banco faz falta. E outros que simplesmente não podem nunca fazer parte do plantel.

      • Sim, a equipa está bastante mais fraca. Agora acho que uma equipa não pode depender só dá qualidade dos jogadores, o treinador também tem obrigação de ajudar a equipa. Já não foi de ontem que se notou falta de profundidade nas laterais e jogo entre linhas. Ontem era um jogo para ganhar facil. Era notória a diferença de qualidade dos jogadores, ainda assim o CSKA ganhou.

  3. Eh pá, o Lisandro nisto é um campeonato à parte. Ainda ontem foi atroz. Se alguém fizer um vídeo com mais de 5 lances diferentes em que ele tenha dado mais de três apoios com bola no pé, quando tinha espaço à frente para isso, ofereço-lhe uma boa garrafa de Moscatel. Grande parte da incapacidade do Benfica furar blocos também vem daqui. É que irrita.

    • O Benfica está claramente mais fraco na defesa + GR, e exige-se ao Benfica jogar como um grande.

      Veremos se Grimaldo consegue evitar as lesões e se Douglas dá outra qualidade com bola que André Almeida, apesar de estar a bom nível, não tem.

      Ah, e se Fejsa não falha muitos jogos este ano, também é importante!

  4. Neste lance é visivel a incapacidade de o Lisandro de sair com bola, quando recebe a bola do Andre Almeida podia facilmente subir com ela, mas recebe e passa logo.

    Bom artigo como sempre!

  5. Caro Paolo Maldini

    Aproveito para fazer uma proposta que é denominar “frango” todo o posicionamento que seja o de defender por fora desprotegendo a maior área da baliza, ou, pelo menos, o meio.

    Assim quando Grimaldo ultrapassa o adversário directo por dentro, direi que o jogador do CSKA deu um “frango”, assim como quando Luisão deixou-se ultrapassar por fora expondo uma maior área da baliza no lance do golo do Portimonense, direi que Luisão deu um “frango”.

    Protege-se sempre o meio.

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