A estratégia foi perfeita
Sérgio Conceição
A maior “nuance” estratégica ao modelo azul e branco preparada por Sérgio Conceição não foi o colocar de Sérgio Oliveira em campo. O português ocupou o espaço habitual de Óliver no momento defensivo.
Foi na presença de Herrera com funções diferentes das do habitual segundo avançado azul e branco que se percebeu como preparou estrategicamente o jogo.
Porque tem uma disponibilidade física muito elevada, e outro entendimento defensivo do jogo comparativamente aos avançados (Aboubakar, Marega ou Soares), o mexicano permitiu a Sérgio Conceição iniciar o jogo a defender como o faz habitualmente, comportando-se Herrera como um segundo avançado, num 442 na construção adversária, mas ao mesmo tempo garantir que pelas características do mexicano e pela forma como este interpreta o jogo, estaria preparado para interagir com a linha média. Ou seja, depois de batida a primeira pressão do FC Porto, seja por bola no chão ou por cima, Herrera garantia a entreajuda necessária na linha média, aumentando superioridade numérica.
Na primeira parte muito mais como um elemento que ligava o espaço entre médios e Aboubakar, e portanto a entrar na dinâmica de transição ofensiva colectiva do FC Porto, caindo no corredor lateral quando era o elemento do lado da bola.
Antes do 1 a 0 houve equilíbrio, mas depois eles fecharam espaços e ficou complicado para nós
Leonardo Jardim
A presença de Herrera permitiu a Sérgio Conceição mudar defensivamente comportamentos, em função de como ia decorrendo o jogo. Não só tacticamente, mas também emocionalmente com a alteração no resultado.
Na hora de investir mais no fechar do espaço, Herrera a baixar metros mesmo com bola nos defesas do Mónaco e FC Porto a formar um meio campo a cinco elementos, não deixando o Mónaco entrar pelo chão. Pelo ar, já se sabe da superioridade portista nos duelos, e essa tão abordada por cá ao longo dos últimos tempos, foi bem mencionada por Leonardo Jardim como factor determinante no jogo.
Num jogo em que tudo correu de forma perfeita ao FC Porto, foi o mexicano que garantiu uma hibridez táctica que permitiu aos azuis e brancos ajustarem e alternarem posicionamentos em função de como decorria o jogo. Foi o homem que pelos seus posicionamentos foi contribuindo fortemente para manter a organização defensiva da equipa portuense.
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Basicamente o mesmo papel que teve Bruno Fernandes em Atenas
Muito bom este post.
A minha leitura de pequeno almoço.
E partilha dos vídeos com a malta para discutir as ideas!
Muito obrigado!