O primeiro grande mérito de Marco Silva é pois, a forma como vai retirando as emoções do jogo habitual das equipas inglesas. Mesmo com poucos recursos, fazer do Hull uma equipa “adulta”, expressa no entendimento de cada momento de jogo e de que acções devem ser integradas em cada momento de jogo, poderá valer-lhe o passaporte para algo mais.
Momentos do jogo bem identificados por todos. Uma marca bem portuguesa, na forma como colectivamente a equipa interpreta o jogo, tentando controla-lo pela razão e não pela emoção.
In Lateral Esquerdo, “Marco Silva, impacto imediato” em Fevereiro de 2017
Chegou à Premier League para uma equipa de parcos recursos e já condenada à descida ao Championship. O impacto foi imediato pelos bons resultados que somou. Resultados que saíram não de um futebol atractivo, porque tal era impossível de obter em tal contexto, mas pela forma como fez a equipa crescer dentro do que era possível, num contexto futebol inglês.
A impressão causada valeu-lhe o bilhete para mais uma temporada na Premier League e Marco Silva não defraudou as expectativas.
Na antevisão à partida com o Arsenal, o ex United Cleverley confirmou algumas ideias importantes que têm sido passadas pelo “Lateral Esquerdo”.
Não vamos mudar a nossa forma de jogar. Queremos ter bola e criar oportunidades, assim como queremos defender bem e não ser tontos. Penso que estamos a evoluir no sentido de sermos uma equipa com a mentalidade de sermos uma equipa da metade superior da tabela
Ele mantém muito o respeito, mas é acessível, ao mesmo tempo. Fala muito com os jogadores mais experientes e tem em conta o “feedback” dos jogadores. O método de treino dele tem o equilíbrio perfeito entre o trabalho táctico e o divertimento. Conseguimos perceber, por todo o trabalho, que ele é um treinador de topo. Nós temos uma enorme confiança nele
Tom Cleverley
Na recepção ao Arsenal, a felicidade acabou por cair para a equipa de Marco Silva, sem que tenha sido uma equipa protagonista, ou que tenha apresentado um jogo aprazível, trouxe para a partida controlo e coragem para não se remeter ao último terço, habilitando o Watford a poder ser feliz.
No texto anterior falava de contexto e preparação ideal que é sempre diferente de uma realidade para a outra
a verdade é que há quem acredite que há uma série de chavões que aproximam sempre as equipas da vitória. Nomeadamente o pressionar alto sempre, sair na construção a três, dar profundidade aos laterais, e não levantar a bola do chão, nem que esteja um avançado pronto para receber isolado perante a baliza adversária.
in Lateral Esquerdo, “Lições de um jogo sem fórmulas feitas”
e da forma como se deve construir um modelo. Aproximar do sucesso é ter em conta o contexto. Expresso nas características da competição e dos jogadores:
Nós também gostávamos que fosse assim. Mas uma coisa é aquilo de que nós gostamos e outra é aquilo que nós podemos fazer…
Fernando Santos
O tempo de compensação foi sintomático do que construiu Marco Silva. Com o Arsenal a precisar desesperadamente de colocar ideias no jogo para ir atrás dos três pontos, a equipa do Watford encostou à rectaguarda a equipa de Wenger, não pelo jogo bonito, mas pela inteligência emocional e forma como a equipa se demonstrou posicionalmente preparada para o tipo de jogo a que se propôs.
Os “deterministas” concluirão que Marco Silva não poderá treinar um clube de maiores aspirações porque o jogar do Watford não é propriamente o que se pede um candidato ao título. Estão errados, contudo! Contexto é o que determina o modelo, e o actual contexto da equipa de Marco Silva (características dos jogadores e da competição) é diferente do que seria um com outras individualidades.
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Então porque não teve sucesso no SCP? E beneficiando de jogadores que teriam sido titulares de caras no 11 da época seguinte, Cedric, Nani, Carrillo, de um FCP com dificuldades em entender Lopetegui e um Benfica de JJ com menor qualidade do que em anos anteriores?
Porque mudou do “queremos dominar em posse” do inicio dessa mesma época para um chuveirinho à procura de Slimani?
Farei a minha apreciação no final da época….final esse que certamente irá resumir o lugar adequado para este Watford.
Não teve sucesso? Depende da perspectiva… Falas no Nani e depois no Carrillo (essa doeu-te buéééé) e no Cedric – esqueces-te olimpicamente do Naby Sarr, do Jefferson, do presidente, do mini Messi e dos outros coxos todos que lá andaram. Mesmo assim e em condições completamente adversas ainda venceu uma taça e seguramente por 1/3 do custo do JJ. Olha, seguindo a tua lógica, o Marco Silva fez muito mais (com menos recursos e melhores resultados) numa época do que o JJ em duas épocas e três meses.
A mim, doer o Carrillo? Epá dói mais aos cofres do teu clube que a mim….
Não esqueci o Naby Sarr, como não esqueci o Ruben Semedo ou o Paulo Oliveira e o Naldo, não esqueci o Jefferson, até porque até Janeiro era o LE de JJ, sendo substituido por outro ainda pior. Não me esqueci do João Pereira e do Schellotto, não me esqueci do Montero nem do Barcos…..
O presidente da última vez que vi era o mesmo….condições adversas? LOL
Fez mais? No sentido que ganhou uma taça? Ou no sentido que ficou a 12 pts do pior Benfica era JJ?
E nem sequer vou entrar na forma como venceram o campeonato na primeira época de JJ….mas fico contente que gostes dele. E que o mantenham debaixo de olho para substituir RV, esquecendo o P.Fonseca ou V.Pereira.
O Benfice “teve” o seu momento para ir buscar o Paulo Fonseca e preferiu o RV. Neste momento Paulo Fonseca e Marco Silva só por um golpe rude do destino voltam a Portugal antes de uma reforma dourada.
Responder a “cérebros” fanáticos é sempre um prazer, sobretudo quando se pode utilizar as suas palavras contra eles, cá vai disto caro Edson:
1) “Não teve sucesso? Depende da perspectiva… Falas no Nani e depois no Carrillo (essa doeu-te buéééé)” – Se doeu é porque jogavam bem, estás a dar razão ao RG afirmando que o plantel era bom!
2) ” esqueces-te olimpicamente do Naby Sarr, do Jefferson, do presidente, do mini Messi e dos outros coxos todos que lá andaram.” O Naby sarr1!! ainda bem que falas nele o Marco silva adorava esse jogador a pontos de deixar o Paulo Oliveira no banco metade da época só o pondo a jogar quando não existiam mais centrais disponíveis, uma demonstração de competência a toda a prova, mas há mais! O empresário do Naby sarr era o mesmo do Marco Silva, uma coincidência dos diabos coisa que não passou despercebida a essa entidade maléfica o presidente! Já agora o despedimento do olimpiakos foi pelas mesmas razões,defesa de interesses estranhos á entidade empregadora … O Bruno de Carvalho controla tudo até clubes gregos!!
Quanto ao Jefferson… fez uma grande época e só ajudou o Marco silva mais uma vez não percebo a tua lógica, o plantel era bom . E o mini messi foi difícil gerir pelo Marco silva ?!?!? Como assim??? estava na equipa B, foi contratado para a B para evoluir sempre foi esse o objectivo! Ai Edson, Edson, mais uma bacorada!
3) “Mesmo assim e em condições completamente adversas ainda venceu uma taça e seguramente por 1/3 do custo do JJ.” Foi á final sem saber ler nem escrever e levou um baile táctico com o Braga?!?!? A defesa sempre a jogar no fora de jogo sem qualquer coordenação tanto na final da taça como EM TODA A ÉPOCA!?!? Deve ser culpa do presidente… Foram precisos vários milagres (golo de fora da área de slimani com um remate fraco, bola a cair nos pés de freddy montero com um passe em desespero desde a defesa, e depois a entrar depois de tabelar num adversário) sem duvida mérito de Marco silva o grande génio do treino, o homem pensa em tudo!
Termino com o seguinte desejo – Desejo que Marco Silva treine o Benfica o mais rápido possível!
“Os “deterministas” concluirão que Marco Silva não poderá treinar um clube de maiores aspirações porque o jogar do Watford não é propriamente o que se pede um candidato ao título. Estão errados, contudo! Contexto é o que determina o modelo, e o actual contexto da equipa de Marco Silva (características dos jogadores e da competição) é diferente do que seria um com outras individualidades.”
O facto de Marco Silva conseguir operacionalizar/concretizar as ideias/modelo em equipas da dimensão do Watford e do Hull não quer dizer que conseguiria operacionalizar ideias diferentes em equipas candidatas a ganhar. Mas também não quer dizer que não o conseguiria.
Concordo que o contexto é que deve determinar o modelo, mas nem todos os treinadores são capazes de operacionalizar todos os modelos. E concordo, que é provável/possível que um treinador (neste caso Marco Silva) num contexto diferente tentaria um modelo consentâneo com o mesmo. Contudo, não podemos garantir nem que seria capaz de o fazer, nem que não seria.
O Marquinho é transição, bola nos extremos e centros. Em Inglaterra já defendem melhor, mas com inteligência ainda se ganha assim aproveitando as abertas que sempre surgem.
Jogo interior elaborado?! Quero ver se sequer chega a outro grande para tentar “praticá-lo”.
Bem até há outros que já lá estão e não o fazem.
Mas falta muito ao Marquinho…