Aboubakar – O esforço é inegociável

O esforço é inegociável

Pep Guardiola

Há não muito, aqui, falei sobre a emoção, usando a excelente transcrição de Júlio Garganta, que a refere como um multiplicador. Sem trabalho por trás, não multiplicará por nada.

O esforço e disponibilidade para, está completamente fora do que é diferenciador no que à qualidade dos jogadores concerne. Afinal, está ao alcance de todos. Nenhum jogador do mundo deverá valer mais dinheiro porque corre mais no campo, porque se assim fosse, qualquer atleta poderia ser profissional de futebol.

Contudo, também o esforço pode servir como um multiplicador, e deve ser exigido em cada instante.

Muitas vezes, pequenos pormenores revelam o quanto queres.

Não importa querer se não há uma base para multiplicar pela devoção. Mas, não se ignore que a base sai enriquecida e bastante, se o querer por lá estiver colocado como uma cereja no topo do bolo.

No jogo cada vez mais importa ter todos a defender e todos a atacar. Não há posições com funções específicas. Há situações de jogo que urgem resolver. Quando perdes a bola, não importa se és avançado, médio ou defesa central. Na transição defensiva, é prioritário recuperar para trás da linha da bola, para garantir a recuperação defensiva, fechando espaços. Não importa o número da camisola que se traz nas costas, ou a posição definida na palestra para se jogar. Se está perto do centro, há que entrar rapidamente na situação de jogo e ajudar a equipa!

Há quem se esconda na posição ou estatuto adquirido. Há quem se entregue a um espírito competitivo que o próprio Jorge Jesus referiu recentemente ser determinante para vencer jogos.

No Bessa, há um momento em que Aboubakar não só demonstra disponibilidade para todos os momentos do jogo, como posteriormente conhecimento, ajustando o seu posicionamento à necessidade defensiva da equipa.

Qualquer coisa de bem um treinador tem de estar a fazer para que isto aconteça:

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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

9 Comentários

      • Estive a ler outra vez, com ainda mais atenção. Saio com a minha impressão reforçada. E quando assim é, é difícil continuar a questionar se é só de mim.

        • sobram portanto 3 hipoteses
          a) tenho muita dificuldade em expressar-me
          b) tens muita dificuldade em interpretar-me
          c) um pouco de ambos!

          tento ajudar:

          refere como um multiplicador. Sem trabalho por trás, não multiplicará por nada.

          O esforço e disponibilidade para, está completamente fora do que é diferenciador no que à qualidade dos jogadores concerne. Afinal, está ao alcance de todos. Nenhum jogador do mundo deverá valer mais dinheiro porque corre mais no campo, porque se assim fosse, qualquer atleta poderia ser profissional de futebol.

          não recordo alguém alguma vez ter dito que o esforço não era necessário… ! Apenas não é diferenciador… é um multiplicador, como a emoção

          • OK, assim já nos entendemos.
            No entanto, isto pode ser na mesma uma resposta ao que o Nuno escreveu. Não como um contraponto, mas mais como uma adenda, como que a lembrar que, por mais talento que se tenha, é sempre preciso trabalhar.

          • isso é o ideal… todos trabalharem… mas se apanhas o Messi e ele diz-te que não lhe apetece defender…o que fazes? encostas o menino ou adaptas?

            eu adaptava…

          • Isso é algo que só pode verdadeiramente ser respondido estando no balneário e percebendo as dinâmicas sociais todas. Não quero com isto fazer a apologia do mito do “condutor de homens”, mas não deixa de ter a sua relativa importância.

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