
Na parte um do “Rio Ave de Miguel Cardoso”, trouxe os comportamentos da equipa de Vila do Conde no seu momento ofensivo.
Mas, não foi só ofensivamente que o Rio Ave mostrou comportamentos de excelência. Também defensivamente foi sempre uma equipa com uma organização fantástica, que conseguiu cumprir as sucessivas fases sem bola com qualidade.
A parte dois, incide portanto no momento defensivo.
Recuperemos a nossa sistematização do jogo, redigida pelo brilhante Ricardo Ferreira, para melhor se perceber o porquê dos elogios à organização do Rio Ave:
Em oposição o momento de Organização Defensiva, sub-divide-se em três sub-momentos que irão procurar garantir oposição aos anteriores comportamentos ofensivos:
- Impedir a construção: os momentos em que a equipa que defende procura não permitir a entrada da bola no interior do seu bloco. Os comportamentos de pressing, quer seja alto, médio ou baixo, são um bom exemplo para este sub-momento defensivo.
- Impedir a criação: quando a equipa que defende não consegue impedir que a bola entre no interior do seu bloco e a sua última linha é a penúltima barreira entre si e a sua baliza. Ou então as acções que visem impedir ou interceptar um passe longo e directo para o espaço entre a última linha da equipa e o seu Guarda-Redes.
- Impedir a finalização: quando toda a equipa, menos o Guarda-Redes, foi ultrapassada. Portanto, contrapondo ao sub-momento ofensivo de Finalização, aqui, a última barreira é o Guarda-Redes e os seus comportamentos de defesa da baliza.
Defensivamente, o Rio Ave com um entendimento fabuloso do que é mais complicado. Perceber os timings ideais para sair e pressionar, e voltar para uma posição de controlo, depois de não se conseguir recuperar.
A passagem de um momento para o outro, sempre de forma harmoniosa, e sobretudo sempre de uma forma em que nunca perdeu o controlo. Nunca consentiu que o Sporting entrasse na sua estrutura defensiva.
De uma forma para mais fácil compreensão, imagine o bom jogo defensivo como o cumprir de uma série de etapas para se ser bem sucedido. Sendo a primeira a recuperação da bola na construção, e a segunda, o não permitir que nessa fase o adversário ultrapasse e chegue com bola dominada às costas do(s) avançados), e a terceira, o não permitir que a bola chegue então às costas dos médios.
Não poderia ter estado melhor organizado para cumprir a rigor o que mais importa quando não há bola.
Assim foi / é, o Rio Ave de Miguel Cardoso sem bola:
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A pergunta deste jogo é: tendo o rio ave ja jogado cntra porto e benfica, jorge jesus nao devia ter preparado melhor a equipa para fazer face a esta organização? Nem no periodo de construção o Sporting estava preparado para o rio ave..
Existe também o facto de o Rio Ave tanto contra o Benfica tanto como o Porto se calhar ainda não ter um nivel de jogo tão perto do que mostrou agora frente ao Sporting.
Nos ultimos jogos têm demonstrado uma percentagem de posse de bola a roçar os 75%, faltando apenas uma boa finalização para materializar em vitorias o bom jogo que faz.
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ja ta a rolar… ve la…
Check 🙂