Há não muito Pep Guardiola referia que por estar em Inglaterra e se sentir a própria cultura do jogo vinda da bancada, mesmo os jogadores como Silva, De Bruyne, Gundogan, entre outros, aceleravam e precipitavam-se mais vezes do que as que desejaria, pensando na forma como pretende controlar os jogos.
Ainda assim, pela sua exacerbada filosofia de jogo, e pelo perfil dos jogadores que recrutou, Pep Guardiola promete marcar a história da Premier League, pela forma como contorna velhos hábitos britânicos, vencendo, dominando e controlando!
A obsessão pelo controlo total está bem patente na opção pelo recrutamento também de Ederson. O brasileiro era a peça que faltava para garantir mais um elemento a construir com qualidade, capaz de sair curto, mas também mais longo, por Ederson ser talvez o único guarda redes do futebol mundial, capaz de colocar a bola no meio campo ofensivo num passe… e não para uma disputa aérea! Mesmo quando a bola sobe, não sobe para o duelo, sobe para aproveitar espaços e em passe.
Com Ederson, garantiu saída em passe, mesmo que longo para o espaço entre defesas e médios adversários quando a pressão aumenta.
Na Europa, decorridos que estão três meses de temporada, só o Paris SG se aproxima da qualidade de jogo dos citizens. Não é uma máquina trituradora pelos óptimos resultados que soma. É o inverso, é uma máquina trituradora, de controlo e posse, que não deixa ninguém jogar, e é por isso que têm chegado os resultados.
No primeiro trimestre da época, está desde já criada a sensação de que Pep Guardiola poderá ser o maior influenciador da Premier League. Porque mais do que trazer a Premier League para o seu jogo, trouxe o seu jogo para a Premier League. Naturalmente que tal só possível pelo budget sem fim que colocado à sua disposição foi utilizado no recrutamento de um perfil que lhe pudesse acompanhar a filosofia. Não deixa, contudo, de ser algo tremendo o que se vai preparando para conseguir Pep Guardiola, também em Inglaterra.
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Estes vídeos são absolutamente fenomenais, o que se aprende aqui é mais do que precioso! Ainda durante o passado Manchester City – Nápoles, quando o Nápoles estava em cima da grande área adversária, tive de explicar a quem via o jogo comigo que “chutar a bola dali para fora!!” não era uma opção inteligente para o MCI, mas sim insistir em manter a bola entre os seus jogadores, promover a circulação da mesma, etc, até que se criassem as condições ideais para sair dali.
Uma questão: aos 0:18, também teria sido uma opção inteligente o passe para o espaço do Sterling?