Tem dois avançados que se posicionam muito bem e que são rápidos e se não tiverem bem marcados podem ser muito perigosos nas transições na equipa do Paços
Jorge Jesus
Falou em marcações sobre os avançados adversários, o treinador Jorge Jesus. Mas, afinal, não foi somente a Messi e Dybala que definiu a marcação individual?
Na verdade, são coisas diferentes, e que diferem em função do momento do jogo.
Se para um clube de maiores recursos, nunca é fácil chegar ao golo em organização ofensiva (isto é, com o adversário todo organizado defensivamente), imagine o quão difícil é para as equipas com muito menores recursos fazê-lo. Daí ser muito raro observarmos um golo sofrido por parte de um dos clubes grandes na Liga, que esteja fora dos momentos de transição ou numa bola parada.
O que significa portanto, que do ponto de vista do treinador do clube grande, neste caso, Jorge Jesus, importará ter uma atenção especial aos comportamentos na transição defensiva.
Tudo é contextual, todavia, numa equipa bem preparada com bola, para a possibilidade de a perder, geralmente à perda segue-se imediatamente o passo à frente. Para encurtar o espaço e encostar nos pontos de saída da transição ofensiva do adversário.
Se é na transição ofensiva dos adversários que os golos surgem, há que matar rapidamente esse momento. Como? Sem situação controlada em termos numéricos e de espaço, surgem as faltas tácticas como uma marca bem definida das equipas mais inteligentes. No passo à frente, encostar nas costas, e parar em falta com portador sem enquadramento, significa que não há sequer risco de admoestação disciplinar, e de transição defensiva, o jogo pára e entra-se no momento de organização. Onde é substancialmente mais difícil ferir quem tem os melhores, sobretudo quando bem organizados.
Mas afinal de que marcação falava Jorge Jesus, se somente perante Dybala e Messi preparou de tal forma o seu jogo defensivo?
Em Paços de Ferreira, e mesmo tendo o Paços conseguido ligar vários ataques com potencial, percebeu-se o quão bem preparada estava tacticamente a equipa leonina para lidar com os perigosos Mabil e Welthon. Na perda, William apertava praticamente sempre Mabil, o central do lado da bola encostava em Welthon, e o central do lado oposto ficava a sobrar. O propósito para além de garantir a superioridade numérica, era criar desconforto nos avançados, impedindo-os de conseguir receber e virar para a baliza. Porque ai, com a sua velocidade, e com espaço para correr, seria tremendamente difícil a Mathieu, Coates e a William acompanharem os rapidíssimos atacantes dos castores.
Para terem acesso a todos os conteúdos que por cá se produzem, e darem uma pequena ajuda tornem-se patronos deste projecto. Também com acesso à drive do Lateral Esquerdo, onde partilhamos “influências”. Recordamos que 1 euro mês será desde logo uma grande ajuda! Alternativa no lateralesquerdo.com@gmail.com.
Trabalho invisível de William Carvalho.
O que assustou foi mesmo a incapacidade com bola da equipa! Battaglia tem muitas dificuldades, e o BFernandes ressentiu-se muito!