Na Vila das Aves, o FC Porto voltou a caminhar por trilhos perigosos quando o que mais importa ofensivamente é proporcionar conforto a quem recebe em zonas mais adiantadas.
A aposta num perfil de jogador que privilegia os seus traços defensivos, relacionados com agressividade e capacidade para comer metros no centro do terreno, aliada à maior dificuldade dos centrais portistas participarem criando desequilíbrios na construção, e dos avançados centro para definirem com qualidade em espaços curtos, torna a equipa azul e branca completamente dependente de Brahimi para ligar o seu jogo por entre a organização adversária.
Quando Brahimi não está em condições de receber e fazer ele próprio em condução a ligação entre zonas mais recuadas e mais adiantadas do jogo do FC Porto, há uma procura demasiado incessante do jogo aéreo dos avançados portistas.
Ofensivamente tem sido um Porto pouco criativo e pouco capaz de resolver situações em espaços curtos, também pelas características dos jogadores que leva a jogo.
O trabalho de posicionamentos é bem identificável, e a equipa de Sérgio Conceição está preparada para aproveitar as características dos seus jogadores. Mesmo quando a bola sai por cima, a equipa não fica demasiado afastada. Porém, tem condições para melhorar a qualidade das suas decisões aquando da posse.
O problema de se vencer sucessivamente os duelos, é crer que não há problema em ter um jogo sucessivo de choque, porque estamos sempre por cima, porque na realidade, é quando Brahimi recebe no chão que o Porto consegue provocar desconforto nas estruturas adversárias. A dependência do argelino faz-se notar pela forma como Brahimi é obrigado a mover-se em toda a largura do campo para assegurar sempre ele, a ligação entre fases. Termina o jogo completamente desgastado e sem a mesma capacidade de desequilíbrio.
Importante positivamente, a opção pelo pressing agressivo na saída de bola adversária, que obriga oponentes a não elaborar e despejar na frente, porque Felipe, Marcano e Danilo resolvem sempre os lances aéreos e mantêm o Porto no meio campo ofensivo.
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“Um jogo excessivamente musculado e a dependência de Brahimi”
Caro Paolo Maldini
Faltam Oliver e André André.
confessa que só os queres porque não brincam nas selecções…
Ahahah ri demasiado ???
https://www.youtube.com/results?search_query=nem+as+paredes+confesso
Caro Paolo Maldini
Tens aí várias versões.
Com Oliver a titular, muitas das dificuldades do Porto em construir com mais qualidade terminavam! Começava logo porque vinha o Oliver pegar no jogo mais atrás e libertava os centrais de serem eles a construírem e permitia também ao Brahimi poder receber entre linhas, nos espaços de criação, onde ele se torna mais perigoso.
O Porto de início de época, com Oliver a titular, jogava com mais qualidade do que agora, e conseguia ser mais dominador do que tem sido nos últimos jogos!
E quem fala que o Oliver não joga porque não é agressivo na pressão e nas disputas da bola não percebe nada disto. Oliver é um jogador super agressivo na reação à perda da bola, na pressão ao portador da bola, é agressivo a condicionar as decisões do adversário, e isso sim é que é ser agressivo, e não andar ali no campo a encostar o cabedal neles e a ganhar duelos no físico!
O oliver mesmo operacional ja foi muita vez suplente.
O Óliver não funcionaria neste meio campo a dois que o Sérgio Conceição implementa nestes jogos, em teoria, mais fáceis (sublinhe-se, por já se saber o desfecho da jornada anterior, o “em teoria”).
Sendo o Danilo uma peça obrigatória neste meio campo do Porto, sobra espaço, neste esquema táctico, para mais um médio. Analisando aquilo que o treinador quer para o Porto, este médio terá de ter as seguintes características: agressividade, velocidade, resistência, posicionamento e “garra”. Ora, o médio do plantel do FCP que mais se enquadra neste plano é, na minha opinião, o Hector Herrera. Não sendo um criativo como o Óliver, tem todas as características supracitadas e que tanto se enquadram num Porto agressivo e pressionante – a ideologia do SC.
Nenhum outro médio do plantel seria capaz de desempenhar esta função.
Nos jogos mais difíceis, o SC tende a colocar um terceiro médio em detrimento do segundo ponta-de-lança (4-3-3). Aqui sim faria sentido colocar o Óliver em jogo (mais até que o Sérgio ou o André).