Entre o demérito do Feirense com especial destaque para a distração de Etebo, e o mérito bracarense de se mover com qualidade para desmontar a organização adversária, o Sporting de Braga chega a um golo no momento mais difícil de o conseguir. Em organização ofensiva, iniciando o ataque contra 11.
Movimento de Jefferson a arrastar ala direito da equipa da Feira, e a partir linha média, apoio frontal de Hassan a tirar defesa da jogada, e André Horta, o jogador ideal para receber a bola de frente para o jogo, pela sua qualidade a conduzir e a quebrar linhas, para posteriormente servir com enorme categoria a ruptura de Paulinho, que termina o vistoso lance com uma finalização de classe.
No Minho, a qualidade do trabalho de Abel faz-se notar cada vez mais. Tal como prometeu desde sempre.
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Então porque motivo quando treinava o Sporting B o Abel era um péssimo treinador? Não seria por culpa dos jogadores certamente, visto que pelas mãos dele passaram jogadores fantásticos. E ainda assim, o processo ofensivo era chutão para a frente, não havia proximidade entre jogadores na zona da bola, o controlo da profundidade e da linha defensiva era ridiculo… Já para não falar das decisões inexplicáveis como ter afastado o João Mário.
Terá sido a aprendizagem com o Peseiro?
nao vi o Sporting B do Abel, nem tenho qualquer conhecimento sobre o que se poderá ter passado nesse período, portanto não consigo dar uma resposta válida…
David, era muito preocupante se não tivesse aprendido nada e se não tivesse evoluído 😉
Provavelmente, a equipa B do Sporting a que o David se refere só tinha pernas de pau que, quais crisálidas que viram borboletas, se transformaram mais tarde em “jogadores fantásticos” ou então uns miúdos com algum jeito mas sem cérebro – porque as equipas B do Braga que o Abel comandou tinham princípios de jogo e jogavam um futebol agradável.
Mas a propósito do jogo frente ao Feirense, o que mais gostei foi do controlo do jogo que o Braga conseguiu exercer no segundo tempo (para mim, melhor do que o primeiro, apesar de neste termos marcado os três golos). Destaco os dois centrais, muito bem com bola, sem caírem na tentação do chutão, mesmo quando o Feirense apertou mais alto.
Mas, sinceramente, sei que não é essa a vossa praia aqui e que o futebol é o vosso ganha pão (e a vossa paixão), mas permitam-me este desabafo (que hoje é meu, ontem foi de outros e amanhã de outros será): em Portugal não é possível sequer apertar os calos aos três grandes, por muita competência que se tenha (e é sempre difícil tal a disparidade de meios). Mas esta época, com apenas dois lugares a darem acesso à Champions, isto está ainda pior. É de ponderar se vale a pena continuar a ligar a isto (e conheço muitos que já tiraram as devidas ilações).
Pedro Ribeiro, deixo-te a equipa que o Abel iniciou em 2013/14 para tu tirares as tuas próprias conclusões em relação aos “pernetas” que somaram minutos nessa época:
https://www.transfermarkt.pt/sporting-cp-b/startseite/verein/10949?saison_id=2013
Eu vi praticamente todos os jogos dessa equipa, alguns ao vivo. Chegava a ser confrangedor o Abel constantemente a gritar aos centrais “bate bola, bate bola”. Ou quando mal se apanhava a ganhar metia uma mota (Dramé ou semelhante) e baixava as linhas para jogar no contra-ataque quando tinha jogadores com muito mais qualidade técnica que 95% dos rivais da 2ª Liga.
O Abel neste momento pode apresentar um futebol agradável. Mas não foi essa a matriz dele quando esteve no Sporting B nem eram essas as suas ideias. E um treinador que sentou o João Mário ou o Iuri por estes fazerem diferente do “plano de jogo”, nem se pode dizer que seja por causa dos “pernetas”.
Mesmo na primeira época como treinador da B do Braga o Abel não fez um trabalho muito bom. Foi um treinador que cresceu muito quando o Paulo Fonseca aqui chegou e adaptou o seu 442 e, principalmente, algumas das suas ideias em organização ofensiva.