Da partida de Camp Nou fica um misto de sensações:
“Doce”:
- Bem preparado tacticamente, enquanto Messi não entrou o Sporting foi quase sempre controlando. Bons timings para trocar controlo por pressing;
- Boa imagem na Europa, pese embora a derrota;
- Adaptabilidade táctica da equipa, que variava a sua organização defensiva entre um 5x3x2 e um 4x4x2, em função do posicionamento de Paco Alcácer. Posicionado entre Coates e Piccini, Ristovski baixava, aumentava linha defensiva e permitia a Piccini sair aos apoios frontais do avançado do Barcelona, mantendo a largura da última linha a quatro. Com posicionamento diferente àquele que um dia levou Jorge Jesus a catalogar Saviola como o avançado mais inteligente que treinou em termos posicionais, a organização defensiva mantinha o seu habitual sistema, esperando momento para o pressing;
- Jogo muito bem conseguido nos momentos sem bola de Piccini. Defensivamente o melhor lateral direito em Portugal.
- Competência colectiva evidente na movimentação conjunta.
“Amargo“:
- Ausência de profundidade ofensiva na primeira parte;
- Sensação de que o jogo poderia ter sido diferente e que deveria ter sido aproveitada a ausência de Messi para com outras opções, mais do que deixar boa imagem, ferir a equipa catalã;
- Mais uma vez, contra a toada geral de um jogo sem muitos lances de potencial perigoso, sofrer um golo de bola parada de uma equipa tremenda ofensivamente em tudo o que não é… bolas paradas, é duplamente penalizador;
- Em 10 bolas como as que permitiu a defesa ao guarda redes do Barcelona, Bas Dost faz 9 golos. Seria o empate, ainda sem Messi em campo, e num momento em que já era uma equipa com maior profundidade ofensiva;
Nota final:
- Incrível como Messi mesmo numa partida sem importância competitiva para o Barcelona, muda todo um jogo. Depois de entrar, é dos seus pés que saem quatro, cinco bolas que entram nas costas da última linha do Sporting para lances de perigo, como foi o do segundo golo. Parece impossível que um só jogador, tenha tamanha influência num jogo. Ter Messi é neste momento a diferença entre ser-se uma equipa banal, amarrada e com dificuldades para criar, para se ser uma das mais perigosas do futebol mundial. Somente porque o astro argentino toca na bola e a magia acontece.
Destaco a exibição de Acuña principalmente na primeira parte.
Incrível Messi. Sem tirar nem pôr. A precisão dos passes é algo de inacreditável, passes que se fossem para o pé ou para -50cm do espaço tornava a jogada muito menos perigosa. Passa para o colega receber na melhor posição possível e imaginável. Só na cabeça dele.
Incrível. De nada vale bolas de ouro ou números. Valem nada. No fim, é isto que faz em campo…
Que regalo.
(só como brincadeira), acho que o Cristiano Ronaldo não lê o LE 🙂
http://www.maisfutebol.iol.pt/internacional/espanha/cristiano-ronaldo-sou-o-melhor-jogador-da-historia