Definir dentro do bloco adversário. O exemplo do Chelsea

Não tenho seguido o Chelsea esta época tanto quanto seguia a temporada passada. Dos poucos jogos que vi, não fiquei muito impressionado e a qualidade de jogo não está tão consistente como o que acontecia na época passada. Conte, modificou o 3x4x3 que lhe garantiu a conquista do título inglês a época passada pelo regresso ao seu sistema preferencial de 3x5x2.

Uma das coisas que mais gostava de ver no jogar da equipa inglesa na época passada eram as intenções de jogar por dentro do bloco adversário. As ligações interiores seja através de passe vertical dos centrais em relação com os extremos metidos por dentro ou com o ponta de lança, ou da definição dos médios também com estes, associado à largura e profundidade que os alas garantiam, traziam muitas complicações a quem defendia.

Aí entrada a bola, não é fácil definir. É preciso, para lá da qualidade técnica, ter atenção a todos os estímulos e tentar percepcionar sempre de forma rápida tudo o que está ao redor para se tomar a melhor decisão. Se tem pressão e há a obrigatoriedade de tocar rápido usando a tabela, se e a tem de que lado vem, se não tem pressão e é possível rodar o corpo e ficar de frente para a última linha, tudo importa, da mesma forma que importa estar sempre preparado para se adaptar às adversidades que vão aparecendo.

Assim,  e apesar da consistência e da qualidade de jogo do Chelsea não ser, na minha opinião, a mesma da época passada, vale a pena ver o segundo golo do Chelsea frente ao Brigthon, um tratado de bom futebol e de como definir dentro da pressão adversária, seja ela mais ou menos organizada.

 

 

Sobre José Carlos Monteiro 47 artigos
Treinador de Futebol, Uefa B, com percurso e experiência em campeonatos nacionais nos escalões de formação. Colaborador como observador e analista em equipas técnicas na Primeira Liga. Alia a paixão pelo treino e pelo jogo à analise de jogo.

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