Curtas do Benfica x Vitória. Uma vénia a Raul – Não pelo gesto

  • Vitória de José Peseiro surgiu na Luz muito bem preparado para condicionar as entradas para o último terço do Benfica, que durante largos períodos sentiu falta de maior presença à frente da linha da bola;
  • Zivkovic à direita e Grimaldo à esquerda, durante largos períodos os mais capazes ofensivamente da equipa encarnada. A velocidade de execução enquanto de cabeça levantada procuram colegas para dar seguimento às jogadas continua a fazer a diferença em dois jogadores que provam que é indiferente a estatura, quando o que mais importa é talento, expresso em qualidade técnica, velocidade de execução e tomada de decisão. Muito do desconforto que o Benfica conseguiu criar no adversário partiu do que criaram os dois baixinhos;
  • O aparecimento de Zivkovic à direita serviu também para lhe aumentar o rendimento individual, e com isso beneficiou a dinâmica colectiva;
  • Jonas, mesmo nos dias em que toca menos, em que executa com menor percentagem de sucesso, surge sempre para definir o resultado. Habitualmente define jogo e resultado. Quando não define um, define o outro. É verdadeiramente incrível, porque até nos dias banais é ele o homem do jogo. Ou na notoriedade, ou no jogo propriamente dito;
  • Raul, a eterna arma secreta dos encarnados. Há que valorizar, e valorizar mesmo muito, quem passa pelo que Raul tem passado e continua a entrar para cada jogo como se fosse disputar a final da Liga dos Campeões. Numa era de egocentrismo, de incapacidade para se perceber limitações próprias e perceber o rendimento dos colegas, todos querem ser primeiros, todos sentem que são mais que os outros. Raul partiu para a presente época com a forte convicção de que iria jogar quase sempre, pois afinal era o parceiro ideal para Jonas – Assim foi no final da temporada passada. A mudança de sistema por parte de Rui Vitória trocou-lhe as voltas. Raul não tem a importância que pensou vir a ter – Entra aos poucos, por vezes somente no fim, mas entra sempre para a final da Liga dos Campeões. Um jogador de grupo, que no final da época, todos os treinadores sabem valer tanto quanto aqueles que mais jogos definem. E depois, na grande área, transforma-se, e é uma classe.

1 Comentário

  1. Jimenez é um tratado de profissionalismo, com ele não há lugar a birras porque joga pouco, entra em campo a faltar meia hora de jogo ou a faltar um minuto com a mesma atitude.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*