Deixar de jogar futebol para… a liderança

O futebol move-se por caminhos misteriosos. No Bonfim, Rui Vitória tira do banco Seferovic, e se até ai a segunda parte não tinha sido feliz, daí em diante acabou toda e qualquer intenção dos encarnados em jogar futebol.

O jogo morreu para o Benfica nesse momento. Não o resultado.

É uma das curiosidades da Liga NOS, porque não foi uma situação única na noite de hoje, e muito menos exclusiva do Benfica. Também por diversas vezes o Sporting venceu na presente temporada quando na recta final decidiu pontapear bolas para uma frente de ataque composta já com defesas centrais.

Nada cerebral, nada bonito. Caiu do céu, caiu do rasgo individual.

Tem sido um 2018 pleno de vitórias e de exibições atractivas. Mas terá de ser um Benfica diferente do dos últimos dois jogos, para os últimos cinco, se pretender caminhar para mais uma conquista interna.

 

7 Comentários

  1. Este jogo teve quatro condicionantes que não são de desprezar e que moldaram toda a postura do Benfica durante os 90 min. Com Jardel e Fejsa em risco de não jogarem contra o Porto e Ruben Dias desde cedo condicionado com um cartão amarelo, amarrou a atuação defensiva e foi evidente a falta de agressividade defensiva do Benfica. Depois o golo sofrido muito cedo (num lance de grande categoria do Setúbal) que sempre enerva os jogadores e permite ao Setúbal jogar mais no contragolpe (situação esta mais confortável para o Setúbal). E por fim a saída de Jonas em cima de jogo, que tal como é dito neste site é complicado porque o futebol profissional vive de rotinas treinadas, e ter que ajustar palhetas em cima da hora de jogo não é fácil. Em suma foram condicionantes que “amaciaram” a ação defensiva e enervaram o Benfica. É também importante dar mérito ao Setúbal pela capacidade de circular bola entre linhas do Benfica, capacidade de passe nas costas da defesa e qualidade defensiva. O Setúbal só deve a si próprio a pontuação nula, ao desperdiçar vários golos cantados. O Setúbal disputou o jogo valorizando o espetáculo.

  2. JJ com 1/3 do futebol praticado pelo Benfica é vangloriado todas as semanas. Imagine-se se já tivesse amealhado 74 pontos ??

  3. Concordo plenamente, se o benfica quer ganhar tem de jogar mais. Ontem podemos agradecer a vitoria à substituição do edinho, pois caso contrario estava mais perto a derrota que a vitoria. Até lá o benfica não conseguiu ligar sectores, não conseguia fazer 3 passes, os jogadores muito distantes entre eles e também muito recuados fdace à baliza. A segunda parte mostrou dificuldades fisicas por parte do benfica. Nota-se (mais uma vez) falta de treino em abordagens diferentes ao jogo das que foram estipuladas ao inicio. Em saída de bola em apoio o rafa quase nunca deu apoio ao a.almeida. Faz falta alternância ao actual desiquilibrio do benfica (triangulações entre grimaldo/zivco/cervi) que poderia ser em verticalidade e velocidade pelo meio apoiado em 1/2 jogadores ao 1ºtoque. Faz falta abrir bem o jogo nas alas e explorar rápido esta verticalidade central em velocidade. Com apenas triangulações do Gri/ZV/Cervi não se retira partido do Jonas dado estar muito preso na frente e tocar pouco na bola.

  4. Eu gostei da primeira parte do Benfica, várias boas jogadas com a bola no pé e muita movimentacão interessante, bons passes, o adversário nas cordas ao fim de dez minutos.

    Na segunda parte concordo inteiramente com o texto, foi muito fraca. Mérito ao adversário e com a saída do Rafa – que estava a ser dos melhores e havia outras opções para sair – ficou evidente para mim, pelo menos, que o treinador não pensou em mais nada senão lançar uns charutos lá para cima. Deu-se bem mas podia ter caído perfeitamente para o outro lado. Não foi bonito.

  5. “É uma das curiosidades da Liga NOS, porque não foi uma situação única na noite de hoje, e muito menos exclusiva do Benfica.”…sim mas quando toca ao Benfica, parece que há um prazer neste tipo de postagem….
    …Foi um jogo menos bom, muito bem contextualizado pelo Pedro Silveira…e muito bem explicado pelo Edson na relação mérito/demérito….
    Edson, também não gostei da 2ª parte, nem da opção do RV, mas eu creio que ele foi traído pela súbita e inesperada lesão do Jonas, não tendo no banco (ou na sua cabeça) solução para essa perda….na minha opinião, o Félix, já por lá devia andar…. Pelé, marcou no Mundial com 17 anos, com bolas de catchu e botas com pitons à prego…opiniões….
    só não gosto, quando aqui no LE, é-lhes difícil apreciar o excelente trabalho do RV, nunca vi um post a rasga-lo de elogios, e muito fácil depreciar o seu trabalho…por aqui o RV não passa de um bom gestor, e eu, não estou nada de acordo.

  6. De facto, não compreendo porque RV não optou por levar a jogo João Carvalho que poderia ter contribuído para uma chegada com melhor qualidade à área adversária

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