
O FC Porto de Sérgio Conceição aproveita os traços físicos dos seus avançados, para procurar chegadas rápidas e agressivas às grandes áreas adversárias, como nenhuma outra equipa em Portugal.
Ninguém coloca tantos problemas ao adversário no controlo do espaço nas costas da defesa como a equipa portista.
Pouco passava da meia hora de jogo quando desenhou uma jogada que demonstra bem a intenção de chegar rápido e explorar os traços individuais dos seus jogadores.
Do posicionamento habitual quando inicia construção e chega à zona intermédia sem pressão, com os alas dentro entre linhas, e os avançados mais profundos, à espera do passe de ruptura, troca 3 bolas, sempre em progressão e chega às costas do lateral adversário. Ai, obriga central a sair, e joga 2×2 na grande área, onde o movimento do ponta de lança do lado oposto baixa linha e cria espaço para aparecer o ala do lado oposto a finalizar sem pressão.
Sim, mesmo no jogo mais rápido há trabalho de casa, e há inteligência. Porque ser inteligente é explorar a forma mais rápida de chegar à baliza adversária em boas condições. A grande questão, é que na maioria das vezes, lá chegar com boas condições demora demasiado e exige mais elaboração e paciência. Quando não é o caso, tudo óptimo em relação a quem faz rápido, e com boas probabilidades de sucesso:
Percebe-se a ideia no que toca à consturcção do porto.
Mas deixo uma pergunta: aquele desequilíbrio defensivo na equipa do aves acontece pq esta não se encontra a proteger o corredor certo?
É que nos primeiros segundos vê-se toda a equipa a dirigir-se para o lado direito. E parecer ser isso que abre espaço no corredor esquerdo para a movimentação do fcp. Não só por este espaço existir junto da última linha do paços, mas também pelo à-vontade do lateral do porto, que tem tempo para tudo.
O que leva a outras duas perguntas: como se defende isto? A basuclação tem de ser mais rápida? Não se pode dar aqueles metros para um dos lados desde logo? Os defesas do fcp deviam estar mais pressionados logo no início? Aproximam-se as várias linhas, cobrindo-se o campo menos em extensão e mais em largura?
É que dada a simplicidade do lance quase que dá a impressão de não haver grandes soluções.
Não revi…construção, não aquela trapalhada no início. E, no final, mais do que duas perguntas, claro!
Mas foi um jogo muito fraquinho do FCP, na primeira parte ainda marcaram os golos (assim um bocado aos encontrões, que é a característica mais visível) e criaram alguma coisita. Acima de tudo não deixaram o Aves do José Mota tocar na bola. Mas o que dizer da segunda parte? O FCP praticamente deixou de jogar. Não é fácil jogar à bola nesta equipa.