Perdida a vergonha, superioridade rumo ao título azul

Depois de uma primeira parte encarnada, em que porque nunca foi pressionante sobre a construção, o FC Porto teve sempre imensa dificuldade para impedir as entradas em zona de criação dos encarnados, a segunda parte trouxe uma equipa azul e branca mais proactiva! Proactiva, no sentido da intenção de tomar as rédeas do jogo, condicionando de forma forte a fase que na maioria das vezes decide a toada do jogo. A construção adversária.

Retirou a bola ao Benfica, que nunca foi no segundo período capaz de ligar o seu jogo ofensivo, e se limitou à procura de alguns rasgos individuais.

Nem sempre assertivo, mas porque mais dominante, aproximou-se mais da baliza adversária. Instalou-se no meio campo ofensivo e candidatou-se à fortuna que chegou num lance de superior qualidade de um dos homens do Porto na época – Hector Herrera.

Tirar do banco Óliver, Corona e Aboubakar é um luxo que prova também a qualidade das soluções dos azuis e brancos, que depois do susto das últimas semanas têm agora o caminho aberto para romper o domínio do Benfica.

9 Comentários

  1. Golaço.

    À medida que as boas ideias se espalham vemos cada vez menos tiros à baliza do meio da rua, até por quem sabe dá-los. É pena. Imaginem que o Herrera abria à direita em vez de rematar … o Benfica seria campeão e teríamos todos perdido um belíssimo golo. Os adeptos no estádio e em casa estariam mais pobres.

  2. A meu ver o RV falhou em termos estratégicos. Penso que se resume com um lugar comum do futebol: Jogar para o empate pode muito bem dar em derrota.
    A entrada do Samariz foi como dizer ao Porto, que jogou pouco, para subir e como dizer à própria equipa para tremer…

    • Não é que deixe de concordar com o que escreveste mas vendo bem, não tinha grandes chances de mudar de maneira diferente. Alem disso o Benfica já tinha perdido o meio-campo. Eu tinha metido o João Carvalho mas depois reparei que o Pizzi já não se mexia (e ao João, que para mim é o melhor do plantel, ainda lhe faltam kms nas pernas a este nível). Meteu o Salvio para ser o 2º avançado que o Rafa nunca foi (não vai buscar uma bola atrás da defesa contraria, não faz uma diagonal, nada, a unica coisa que faz são umas arrancadas que raramente dão em alguma coisa, e também é bom a sacar amarelos) e que o Cervi não consegue ser. Depois meteu o Esferovite e bem, para libertar o Jimenez, e há um lance no final em que o Jardel falha o passe para a direita, que acaba por lhe dar razão.
      O Vitória faz milagres com o que tem. Os unicos a quem se pode assacar responsabilidades são os da direcção, que não lhe deram armas para lutar pelo titulo, mas eu, como benfiquista, estou-me bem a borrifar para o penta. O que eu quero é ver o clube a evoluir e a montar equipas para a Champions, e isso só com os portugueses da formação e alguns estrangeiros realmente bons como o Grimaldo, o Lindelof, etc. Tambem é necessária saúde financeira, claro está.
      O maior erro de todos os mandatos do Vieira foi a venda do Guedes. Com ele tínhamos sido campeoes com uma perna às costas. Vale mais uma perna do Guedes que 50 rafas, salvios e samaris todos juntos. Era aí que deviam ter ido buscar os tais 30 milhoes que precisavam(?). O Benfica não é uma fábrica de pneus, é preciso saber-se de futebol. Estava na cara.

  3. O Benfica foi infinitamente superior tacticamente enquanto teve pernas. Na segunda parte faltaram as pernas e banco. Esta é que é a verdade do jogo. O Rafa voltou a provar a sua inutilidade, o Pizzi que não é jogador para os 90 minutos.

    • Nobody, discordo totalmente… o Venfica só tem esta competição há mais de 2 meses e só prepara semanalmente para a liga por isso, a desculpa de faltar forma física não cola. Percebeu-se que o RV queria fechar mais espaços entre linhas e dai baixou as duas linhas de 4

  4. É isto… Duas equipas banais ou pouco mais do que isso. O Benfica até que evoluiu um pouco o seu jogar nos últimos meses mas já por diversas vezes se percebeu que é uma coisa colada a cuspo, com pouca consistência. Basta o adversário meter uma variação ou outra para quase tudo se desmoronar em posse, os jogadores deixam de combinar, de se movimentar à volta do portador, de aproximar, começam as correrias e as bolas rápidas na frente. O FCP na primeira parte, mesmo assim, conseguiu ser muito pior do que isto. Foi horrível, ao nível das piores equipas que passaram na Luz (na primeira parte). Na segunda levaram uma cara diferente, mais completa, sem deixar de ser banal (e o Benfica foi horrível também, nesta fase, sem o mínimo de inteligência nem de estratégia que não seja tirar na frente). Valeu o grande tiro do Herrera, que também é um jogador banal.

  5. Eu resumia o jogo do benfica a um jogo de “champions” deste ano, sim, porque com equipas grandes foi isto por parte do benfica/r.vitoria, poucas ou nenhumas oportunidades de golo e controlo do jogo permitido pelo adversario. Analisando um pouco mais vi duas partes distintas da equipa no comando e muito poucas oportunidades de golo (uma para cada lado e este remate vindo do nada). Contundo, no comando o porto foi mais periogoso e mais irreverente. Vi tambem, a exemplo do setubal, falta de condição fisica na 2ª parte do benfica (não se compreende muito bem!) vi uma mudança tactica do porto sem bola na segunda parte onde passou a um 4-4-2 “losangulo” (ao invés de um 4/3/3 na 1ª parte) onde o soares e o marega caiam na saida dos laterais e o brahimi condicionou 3 elementos (dia/jardel/fejsa) o que levou a recuperar a bola por parte do porto no meio campo do benfica e a provocar uma distancia enorme dos medios e jimenez. Nesta altura do jogo sobressaiu o rafa (sacou 2 amarelos) e rasgava em velocidade, daí que não tenha percebido a sua saída naquela fase. Depois foi a mentalidade perdedora ou “empatadora” que deu crer e alma aos portistas.. Mas acima de tudo, num jogo equilibrado por baixo, sobressaiu o conceição ao vitoria, que mais uma vez mostrou que não é treinador para uma equipa grande.. Outra questão (a lembrar o JJ) foi o samaris, pois não entendo a sua fraca utilização, tendo mesmo sido preterido por outros muito mais fracos em jogos que deveria ter ganho ritmo, e num jogo a doer onde todos os pormenores podem fazer a diferença lança-o às feras (para se queimar).
    Quem foi ao estádio também terá entendido esta mentalidade perdedora quando o speaker na parte final teve de puxar pelo benfica e por som do video motivacional (como benfiquista não gostei).
    Após ouvir o conceição na flash talvez me tenha convencido que tudo fazia parte da estratégia (1ª parte de contenção, 2ª parte de mudança tactica e controlo de jogo), pela leitura do jogo – pela substituição do oliveira (que após ter sido perdoada a expulsão) pelo oliver – assumir do jogo quando o benfica se perdeu fisicamente: dou o resultado do jogo ao conceição.

  6. já acabou o campeonato!!!!
    a ficar como está, fica bem entregue o campeonato…. a ideia do fcp não é das que mais me agrada….mas é uma ideia e a equipa acredita nela que conseguiu fazer funcionar.
    ontem depois de uma entrada menos forte,um pouco cautelosa….assumiram outra postura e atitude na 2ªmetade, contra um RV com receio de perder como de costume nos jogos “GRANDES”.
    mas parece-me que ainda falta um pouco para esta luta acabar….já tinham dado o campeonato ao porto e o benfica passou para a frente e o sporting já tinha morrido …mas ainda não morreu…..4 jornadas intensas…que seja só futebol.

  7. Na minha opinião, o RV perdeu neste clássico para o Sérgio em termos tácticos…O treinador do Benfica tem de perceber que não é por meter mais 1 homem atras que vai defender melhor, até porque quando manteve o Porto mais longe da sua baliza foi no momento em que os médios do Benfica pressionavam o homem rapidamente para que este perdesse a bola. Posto isto, quando o Samaris entrou deixou de haver jogo por parte do Benfica pois os jogadores também dentro do campo percebem que ao meter o grego o treinador quer manter o empate e por isso automaticamente descem as linhas e os centrais tinham todo o tempo do mundo para refletir e tomar a melhor decisão…Claro que o Sérgio como excelente treinador que é percebeu o que estava a correr mal e mudou algumas peças, como mais jogadores no meio com a ajuda de brahimi e Otávio e depois o Suares numa das linhas e Marega sempre a puxar os centrais consigo nas constantes diagonais quando o brahimi recebia entre linhas!!

    Em suma, este jogo mostrou a influência que um treinador tem na atualidade ao contrario do que assistíamos antigamente….

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