Luís Castro – Eustáquio – Matheus Pereira – A ideia que potencia o talento

Stephen Eustáquio e Matheus Pereira são dois dos jogadores mais em evidência na presente edição da Liga.

De Eustáquio falei há não muito aqui. A qualidade com que define em posse tornam-o um jogador verdadeiramente especial, à espera apenas de oportunidade para chegar a um grande do futebol português. O “Xavi” português é o senhor noventa por cento. Em toda a Liga é quase impossível encontrar alguém com tão elevado grau de acerto em posse.

Matheus Pereira explodiu na época actual para um patamar de rendimento que faz prever que tem de ser opção e com um papel importante já na próxima época no seu Sporting. Sempre foi notória a sua qualidade técnica assombrosa, mas no modelo flaviense cresceu em termos de definição. Sabe hoje enquadrar como nunca antes, o timing e o espaço para cada uma das suas acções.

Se ambos são hoje dois dos mais importantes em Portugal, tal passa bastante também, pela forma como o seu talento foi potenciado. Obviamente que sem as suas qualidades, nenhum treinador do mundo teria capacidade para os potenciar até ao nível que estão. Mas, não menos verdade é que, inseridos no contexto certo, encontram um espaço perfeito para se fazerem notar.

Eustáquio beneficia de uma ideia de jogo que lhe dá muita bola no pé, momentos onde é um jogador de nível soberbo, enquanto Matheus, mais do que ter bola e ser capaz de contornar pressão adversária e ainda oferecer bolas com ideias, beneficia do trabalho da sua equipa para receber bolas em melhores condições no último terço. A chegada conjunta, tantas vezes em superioridade numérica provoca as dúvidas necessárias nos opositores para que o extremo flaviense tenha tempo e espaço para preparar devidamente o processo de desequilíbrio.

E o jogo incrível de Matheus Pereira. Na presente edição da Liga, é o melhor jogador fora dos três grandes. E com um rendimento que o tornaria facilmente opção em qualquer um deles.

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

3 Comentários

  1. Para melhor fora dos 3 grandes a concorrência é forte: Nakajima, Fabrício, Raphinha, Esgaio e Ricardo Horta, por exemplo… o próprio Pedro Tiba! acho redutor dizer que foi o Matheus, que até teve uma temporada bastante instável. Mas sim, é jogador de voos mais altos sem dúvida…

  2. Sobre o Eustáquio, jogando a 6 numa equipa como o Chaves, o nível de pressão a que está sujeito é baixo, será que a percentagem dos 90, se manteria, jogando “a Xavi” numa equipa grande?

    O exemplo disso é o decréscimo da percentagem do Rúben Ribeiro, sendo o extremo do Rio ave ou do Sporting..

    Matheus tem argumentos para ser melhor q Gelson!!! Sempre assim foi entendido nas camadas jovens do Sporting

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