2017 / 2018 em Portugal – Best of

Treinador do ano: Abel Ferreira

Inovou, e da inovação não tornou o Braga apenas uma equipa muito competente tacticamente em cada momento do jogo. Bateu recordes de pontuação e de golos marcados. Valorizou de forma tremenda os seus jogadores. A dinâmica do 343 que vira 442 no momento defensivo, foi muito difícil de contrariar por todos os seus adversários. Com um ataque formado por jogadores outrora indesejados nos clubes portugueses de maior dimensão, o Braga foi em largos períodos da época um rolo compressor, fruto da dinâmica colectiva, que permitia chegadas consecutivas às zonas de finalização.

Treinador Revelação: Miguel Cardoso

Miguel Cardoso. Primeira temporada na Liga e o impacto foi imediato. Preparou o Rio Ave para ser uma equipa dominante, e mais do que a classificação obtida, impressionaram algumas exibições da equipa de Vila do Conde. Ataque posicional muito preparado para utilizar os centrais e o seis na construção, paciência na primeira fase, para saber escolher o timing para romper linhas, adversárias. Presença de muitos elementos à frente da linha da bola da primeira para a segunda fase, e ligações seguras para fazer a equipa progredir com critério. Defensivamente nem sempre o bom controlo do espaço nas costas foi garantido, e ficou a sensação de que foi crescendo também estrategicamente ao longo da temporada. Um primeiro ano muito prometedor!

Menções honrosas: Sérgio Conceição, Luís Castro e Nuno Manta Santos

Sérgio Conceição não venceu por acaso. Competência nas três grandes dimensões do seu trabalho. Modelo e Estratégia, bem expressa mais nos comportamentos posicionais e tácticos dos seus jogadores, do que na habilidade técnica e de decisões, quer nos jogos mais fáceis, quer nos mais complicados, onde quando introduziu novas variáveis ao modelo de forma estratégica, conseguiu sempre surpreender oposição. Liderança, que ficou bem marcada pela decisão de afastar o jogador de maior peso da equipa, demonstrando que o nível de exigência é igual para todos, e processo de treino. Venceu porque soube integrar como poucos os jogadores que tinha ao seu dispor no modelo de jogo.

Luís Castro. Mais uma temporada em que a forma como idealiza o seu jogar, potencia as qualidades individuais dos seus jogadores, e nos permite enquanto adeptos desfrutar dos jogos em que a sua equipa sobe aos relvados. Não pode ficar somente marcado pelo lado estético, sobretudo quando tantas vezes se tenta associar tal lado, a um lado menos pragmático em termos de resultados. O Desportivo Chaves criado na ideia de Luís Castro foi verdadeiramente pragmático! Somou resultados em cima de jogos bem conseguidos e da potenciação de vários dos seus jogadores. E por que dificuldades passou no início da época!

Nuno Manta Santos. Com a perda de Etebo, com as dificuldades individuais e com a necessidade de pontuar para sobreviver, tornou o jogo da equipa da Feira pouco espectacular, mas eficaz no que se propôs almejar. Concentrou as energias na muito boa organização defensiva, preparou-se para não consentir boas relações numéricas aos adversários nos seus contra ataques. Foi inteligente ao perceber que com os recursos que tinha, só poderia sobreviver na Liga com o acentuar de uma estratégia que tornasse o Feirense uma equipa mais expectante e menos exposta. Optou por um caminho que não sendo o que proporciona mais espectáculo aos seus adeptos, porque foi competente, salvou pela segunda vez na história, o Feirense de descer.

 

FC PORTO

Jogador do ano: Brahimi

Revelação do ano: Sérgio Oliveira

SL Benfica

Jogador do ano: Jonas

Revelação do ano: Rúben Dias

Sporting

Jogador do ano: Bruno Fernandes

Revelação do ano: Podence

Sporting de Braga

Jogador do ano: Ricardo Esgaio

Revelação do ano: Paulinho

Rio Ave

Jogador do ano: Pelé

Revelação do ano: João Novais

Chaves

Jogador do ano: Matheus Pereira

Revelação do ano: Stephen Eustáquio

Sport Clube Marítimo

Jogador do ano: Joel

Revelação do ano: Jorge Correa

Boavista

Jogador do ano: David Simão

Revelação do ano: Yusupha Njie

Vitória de Guimarães

Jogador do ano: Raphinha

Revelação do ano: Konan

Portimonense

Jogador do ano: Fabrício

Revelação do ano: Nakajima

Tondela

Jogador do ano: Tomané

Revelação do ano: Miguel Cardoso

Belenenses

Jogador do ano: André Sousa

Revelação do ano: Nuno Tomás

Desportivo das Aves

Jogador do ano: Alexandre Guedes

Revelação do ano: Fernando Tissone

Vitória de Setúbal

Jogador do ano: João Amaral

Revelação do ano: André Pedrosa

Moreirense

Jogador do ano: Tozé

Revelação do ano: Alfa Semedo

Feirense

Jogador do ano: Tiago Silva

Revelação do ano: Diga

Paços de Ferreira

Jogador do ano: Luiz Phellipe

Revelação do ano: António Xavier

Estoril

Jogador do ano: Lucas Evangelista

Revelação do ano: Duarte Valente

 

EQUIPA DO ANO:

Rui Patrício; Ricardo Pereira, Rúben Dias, Mathieu, Alex Telles; Matheus Pereira, Bruno Fernandes, Vukcevic, Brahimi, Jonas e Marega

6 menções honrosas: 

Ricardo Esgaio, Marcano, Fejsa, Ricardo Horta, Sérgio Oliveira, Bas Dost

EQUIPA DO ANO (sem jogadores dos 4 primeiros):

Renan, Lionn, Nélson Monte, Maras, Yuri Ribeiro; Pelé, Lucas Evangelista, Eustáquio, Nakajima, Raphinha; Joel

6 menções honrosas:

Amir, Fabrício, João Novais, Luiz Phellype, Alfa Semedo, Alexandre Guedes

JOGADOR DO ANO:

Jonas

Menções honrosas:

Brahimi e Bruno Fernandes

REVELAÇÃO DO ANO:

Stephen Eustáquio

Menções honrosas:

Paulinho e Sérgio Oliveira

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

9 Comentários

  1. Concordo em quase todas as menções….e eu destaco , Abel Ferreira, Luis Castro, Evangelista, Eustáquio, Paulinho….destaco, porque fiquei fã….
    Maldini, foi feito o best off de 2016/2017?…podes disponibilizar o link?….
    Obrigado…

  2. Acho que o Luis Castro merecia o “prémio” de treinador do ano. Entre ele o Abel e o Miguel, tinha o plantel mais fraco e superou em muito as expectativas em redor da equipa. Que o Chaves acabe o ano a morder os calcanhares da Europa deve-se em muito à forma como ele pensou e meteu a equipa a jogar.

    Se o Vitória lhe souber dar as armas à altura da competência, Guimarães pode estar na rota da Europa novamente, mesmo com as vagas reduzidas.

    Marega titular e Bas Dost no banco… Recuando uns anos é quase como Pena titular numa equipa que deixa João Vieira Pinto no banco!

  3. E o Pepa? Não merece destaque? Muito astuto estrategicamente, mais até do que Manta Santos, causou sempre dificuldades aos grandes.

  4. É um bocado por aí, sim, apenas trocava uma ou outra (Telles por Grimaldo, Raphinha por Geraldes) mas se calhar por motivos diferentes.

  5. Num post de início de época, dizia que o Luís Castro estaria num dos grandes do minho, felizmente veio para o meu Vitória. Espero voltar a ver o meu Clube a apresentar um futebol vistoso, alegre, que traga aquela vontade imensa que o Domingo de jogo, chegue rápido.

    Gostaria de ver um post do enorme Pedro Bouças, sobre o que pode fazer o Luís Castro nos Conquistadores!

    Achas que por exemplo, é possível dois médios como o Wakaso e o Célis (pouca qualidade para começar a construir e passar para zonas de criação), jogarem com o Luís?

    E se Tozé que despontou no Porto B do Luís Castro, ou o Ramos (Castro gosta muito das suas caraterísticas, mas vem de uma época muito fraca) podem finalmente mostrar em Guimarães o que por exemplo, o primeiro apresentou no Estoril e no Moreirense?

    Abraço e continuação de bom trabalho!

    • José, obrigado! Creio que fará mais sentido avançar com algo assim durante a pré-época, depois de se saber o plantel! Ok?

      grande abraço

  6. Sim claro, posteriormente é o timming mais adequado,e seguramente estarás atento como sempre, às boas Equipas da nossa Liga. E o Vitória do Castro (se tiver um plantel à imagem do que pretende), estará nesse rol.

    Grande Abraço

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