100 Jogadores a seguir no Mundial – 66 ao 70

Dele Alli, Inglaterra

O prodígio do Tottenham chega ao Mundial aos 22 anos, e é um dos mais especiais que estarão presentes na Rússia, pela capacidade que tem para jogar na zona onde tudo se cria, em espaços bastante reduzidos. No Tottenham é o jogador que se posiciona sempre nas costas do sector médio adversário, e primeira referência para ligação com criação, onde pelo primeiro toque de qualidade, quer no gesto técnico, quer na decisão, consegue desequilibrar o jogo e provocar desconforto na última linha adversária.

Técnica, criatividade e qualidade de decisões. Dele Alli chega ao Mundial como uma das principais armas da selecção de Inglaterra, para criar volume ofensivo em quantidade suficiente para guiar os ingleses ao triunfo.

Kelechi Iheanacho, Nigéria

O avançado do Leicester, com passagem pelo City é uma das atracções do Mundial da Rússia.

Iheanacho foge ao habitual protótipo de avançado africano. Não que não seja um jogador que executa e se move rápido, mas porque procura também ligar o jogo em apoio. Percebe que nem todos os momentos são de acelerar, sabe quando se ligar à equipa e mostrar-se em zonas de criação para então explorar também os movimentos dos colegas. O ponta de lança da Nigéria vale bastante mais do que os golos que marca, e é um dos avançados que vale a pena seguir neste Verão.

Igor Akinfeev, Rússia

Uma carreira inteira sem sair do seu país. Algo invulgar num jogador de nacionalidade russa, com qualidade para bastante mais.

O guarda redes Akinfeev, é hoje uma das bandeiras da sua selecção e do CSKA. A qualidade na defesa aos remates adversários, entre os postes da sua baliza, trazem-lhe notoriedade e tornam-o um dos guarda redes que mais se poderá destacar. Pela sua qualidade e pelo previsível trabalho que virá a ter.

Alireza Jahanbakhsh, Irão

Há alguns anos na Europa, a jogar na Holanda, Alireza chega ao Mundial aos 24 anos de idade, depois de ter realizado uma época absolutamente tremenda na Eredivisie.

O extremo do Az foi uma das grandes figuras do campeonato holandês. Muito rápido e potente, com remate forte e fácil, Jahanbakhsh é uma espécie de Cristiano Ronaldo do Irão. Um jogador com muito impacto na zona de finalização, capaz de usar ambos os pés para terminar os lances ofensivos da sua equipa.

Dries Mertens, Bélgica

O avançado centro do Napoli foge completamente à morfologia típica dos pontas de lança, e na selecção do seu país deverá surgir ao lado de Hazard, nas costas de Lukaku, para então impor a qualidade do seu gesto técnico e velocidade de decisões, numa zona onde o espaço escasseia.

Embora tenha sempre muitos argumentos e golos nas zonas de finalização, é também pela forma como entrelinhas proporciona na sua tomada de decisão condições óptimas para que os seus colegas definam, conseguindo entregar sempre de frente, mesmo quando pressionado, que se destaca e que poderá ganhar a notoriedade que a sua qualidade faz por merecer ter.

 

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

1 Comentário

  1. Acho a análise ao Alireza um pouco superficial, no sentido em que o destaque dele na Eredivisie não se deveu só aos 21 golos e à sua capacidade de aparecer nas zonas de finalização, mas também à sua capacidade de construir, no meio e nas alas, em zonas mais recuadas. Muito do bom futebol que o AZ tentou meter em campo passou pela capacidade dele de transportar bola e ainda conseguir aparecer a finalizar. Será um jogador a ter em conta em ambos os momentos.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*