Cristiano na Final da Liga dos Campeões

KIEV, UKRAINE - MAY 26: Cristiano Ronaldo of Real Madrid poses with the UEFA Champions League trophy following the UEFA Champions League Final between Real Madrid and Liverpool at NSC Olimpiyskiy Stadium on May 26, 2018 in Kiev, Ukraine. (Photo by Laurence Griffiths/Getty Images)

Contrapondo com Luka Modric, Cristiano Ronaldo vale pela forma como surge na notoriedade. Cristiano é golo. Sem golo, o seu nível não se aproxima do dos colegas de equipa. Os golos alimentam a lenda, e fazem de Ronaldo um jogador tremendo com impacto em praticamente todos os jogos. Por isso, justifica a presença no lote dos melhores do mundo, porque afinal, os resultados não se definem somente pelo trabalho dos que jogam sempre bem, mas também porque há quem tenha uma apetência invulgar para aproveitar esse muito bom jogo dos colegas.

Cada vez mais há menos espaço para quem jogando nos espaços mais adiantados não oferece muito a criar. Tais jogadores sobrevivem pelo número de golos que marcam. E ai é impossível competir com Ronaldo.

A exibição de Cristiano em Kiev não foi tão negativa quanto muito se quis fazer parecer, mas é uma evidência que quando não marca, o português poderia facilmente não ter ido a jogo que a sua equipa não perderia nada por isso… A questão é que não sendo possível adivinhar quando tirará da cartola o coelho na grande área adversária, não há como abdicar de Ronaldo.

Sobre a sua exibição em Kiev, um jogo normal de Cristiano. Não joga tão bem quanto Modric, Kroos, Benzema, e tantos outros colegas que definem o rumo de um jogo, mas, porque melhorou a sua decisão, também não prejudica de forma alguma a sua equipa. Apenas não lhe acrescenta desequilíbrio.

 

 

4 Comentários

  1. Desconheço qual a influência de Ronaldo nas opções táticas que Zidane toma mas parece-me que neste jogo, em comparação, por exemplo, ao de Munique, nas meias-finais, ele teve muito, talvez demasiado protagonismo. Bastante solicitado pelos colegas, e a descair na linha, quando é Benzema quem melhor desempenha esse papel.

    Talvez a sede de querer ser a estrela da final tenha tido influência. No final, prejudicou-o.

  2. Boa análise e excelente video, julgo que o que prejudica bastante o Ronaldo atualmente é o facto de com o decorrer do jogo e o golo não aparecer as decisões sao mais individuais.

    Vê-se uma melhoria em relação à uns tempos que jogava menos com e para a equipa.

  3. Concordo. Mas como jogador de um coletivo devia se menos individualista.
    Não soube gerir a frustração de não ter marcado qualquer golo, de o Bale ter sido o homem golo e, pior, de o Bale ter marcado de bicicleta na Champions.
    Fez aquela triste figura de menino mimado ao falar com o jornalista no momento em que devia ter enaltecido, à homem, o que o Bale fez. É pena, teria mais a ganhar se soubesse gerir o ego e o caráter sem perder as ganas, claro.

  4. Logo vi que ias aproveitar a fraca exibição do português na final da Champions para o deitares abaixo. No entanto ser o máximo assistente da história do Real Madrid diz bem que o luso está longe de ser só golos. Para já, são 5 Champions tendo sido o melhor marcador da sua equipa em todas, já outros têm 4 e na 1º nem 1 minuto fizeram em jogos a eliminar.

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