
Mohamed Salah, Egipto
O extremo do Liverpool foi o homem do ano na Premier League. Velocidade supersónica, e qualidade na finalização trouxeram-lhe um ano de incrível notoriedade.
No Liverpool, todo o processo ofensivo é pensado para aproveitar as suas rupturas, e capacidade para definir de forma eficiente. Na selecção, não terá tantas bolas para desequilibrar, mas é garantido que tudo o que o Egipto poderá fazer depende da sua recuperação clínica e da forma como no último terço seja no drible ou na finalização muda o rumo de um resultado. Chega à Rússia como um dos jogadores da actualidade com maior capacidade para destruir toda uma organização colectiva adversária.
Edison Cavani, Uruguai
O ponta de lança do Paris SG formará com Luis Suarez uma das mais temíveis duplas dos tempos recentes no futebol. Aos trinta e um anos, Cavani continua a impressionar pela forma como se move, sempre com uma agressividade ímpar, seja nos momentos defensivos ou ofensivos. Coloca tudo o que tem no que faz, e ainda traz excelência para o seu gesto nas zonas de finalização.
A sua qualidade técnica e interpretação da posição, bem como os seus traços condicionais permitem-lhe acrescentar variabilidade aos seus movimentos, e tomar a melhor decisão sem bola para que quando a recebe seja efectivo no último terço. A qualquer instante, pode definir um resultado.
Sadio Mané, Senegal
O veloz extremo do Liverpool, também na selecção do seu país actua como extremo. Porque a qualidade individual da selecção senegalesa é bem mais diminuta, e porque o modelo da selecção, mesmo partindo do mesmo sistema do Liverpool, contempla um posicionamento mais baixo dos extremos, não surge com tantas cavalgadas e espaço para dar e aproveitar, tal como faz com tanta notoriedade em Liverpool.
É ainda assim, um desequilibrador nato, pelas suas capacidades condicionais ímpares. Numa selecção que passará muito tempo sem bola, os “esticões” que dá no jogo quando a bola lhe chega aos pés, poderá dar a Senegal a criação que precisa para poder surpreender na Rússia.
Bernardo Silva, Portugal
É o melhor jogador português da actualidade, mesmo não sendo o que tem mais impacto nos resultados, é o mais capaz de fazer acontecer. Qualidade técnica, velocidade de execução, criatividade e muito boa tomada de decisão, fazem de Bernardo o principal criador da selecção portuguesa, e aquele jogador que nos preenche os sonhos com os seus recortes e formas de ligar o jogo ofensivo até Cristiano.
Portugal deverá surgir na Rússia como uma equipa expectante, de toada defensiva, esperando o momento em que os seus jogadores com espaço iniciam os ataques rápidos, e para que tal seja bem sucedido, Bernardo será o ponto chave das acelerações com critério da equipa de todos nós.
Leon Goretzka, Alemanha
Aos vinte e três anos Goretzka vive um período de sonho. Época de nível imenso no Shalke 04, transferência para o gigante Bayern e Mundial para jogar.
Goretzka é um médio centro completo, que embora muito alto, e forte, tem uma habilidade motora invulgar para quem tem tal morfologia. Completo porque tem argumentos técnicos muito interessantes, que lhe permitem aproveitar a sua muito boa tomada de decisão. Capaz de sair em progressão, e ligar ofensivamente o jogo, Goretzka tem a pausa dos predestinados, o toque dos melhores, e a capacidade de drible e aceleração dos mais talentosos.
Chega ao Mundial sem ser ainda uma figura de imensa notoriedade, e a Rússia poderá ver nascer uma nova estrela.
Maldini, e um post para a malta falar dos jogadores que ficaram de fora das convocatórias?