México
Treinador: Juan Carlos Osório (Colombiano)
O treinador mexicano já tem bem claro e trabalhado sistema e dinâmica táctica. São as suas opções que mais surpresas podem trazer, porque são várias as opções de nível semelhante, e a rotação tem sido constante.
O mundial poderá trazer o “regresso” de Carlos Vela e Giovani dos Santos, enormes promessas que não cumpriram o potencial que se adivinhava. No 433 do México, há espaço para as trocas posicionais entre interiores e extremos, que sucedem enquanto os centrais progridem com bola, como forma de se libertar ou arrastar oposição. Enquanto no corredor direito, Vela e Giovani se associam e procuram quer o espaço interior, quer nas costas da linha média adversária, Alvarez, o extremamente promissor lateral direito surge a dar profundidade e largura em todo o corredor.
A progressão dos centrais, a mobilidade dos três médios centro entre eles, e dos interiores com os alas, e a forma como Raul se movimenta à procura dos espaços são os traços de uma equipa com potencial para surpreender no Mundial.
Após a recuperação, com espaço há velocidade, movimentos constantes de ruptura, e capacidade de drible fácil com maior espaço para sair após este.
Sem bola, falta trabalho de detalhe na coordenação entre linhas, embora se percebam grandes princípios. No meio campo ofensivo há procura por pressionar em quase todo o instante, beneficiando da disponibilidade de Raul, e dos movimentos dos extremos que se ocupam de cortar linha de passe para o seu homem, enquanto saem aos centrais adversários. Herrera jogando na posição seis revela muito bom entendimento do espaço a ocupar e ajuda a aumentar segurança defensiva. Na perda, falta melhor capacidade para reagir no centro do jogo, porque a sua organização ofensiva não prepara convenientemente a equipa para esse momento.
Figura:
Lozano – Chega ao Mundial aos 22 anos de idade, o desequilibrador mexicano que actua no PSV da Holanda.
Dextro, mas capaz de actuar com rendimento em ambos os corredores laterais, na posição de extremo, a facilidade com que sai em velocidade do drible, e como resolve as situações ofensivas de 1×1, tornam-o uma figura de proa da selecção Mexicana, e um grande candidato a fazer cair sobre si os holofotes de todo um país.
Candidato a revelação:
Edson Alvarez – Tem vinte anos, é defesa central de origem, joga pelo América, e será o lateral direito da selecção Mexicana, sendo já uma figura importante na selecção de Osório. Alvarez impressiona pela qualidade e assertividade da sua tomada de decisão, e maturidade que demonstra em cada situação, para alguém tão jovem.
Alvarez não se coíbe de progredir e aproveitar posicionamento corporal do adversário errado, para sair em drible à procura de desequilibrar ainda na primeira decisão. Embora não seja lateral de origem, a categoria da sua interpretação do jogo tornam-o candidato a ser descoberto pela Europa.
Se efectivamente for como é habitual, Vela e dos Santos fazem um excelente mundial e depois voltam aos seus clubes e regressam à boçal normalidade. Porque é que isto acontece?
tem de ser falta de atitude competitiva… só querem pedalar quando têm um “país por trás”