A tomada de decisão do Bernardo para dummies

Portugal's forward Bernardo Silva heads the ball during the Russia 2018 World Cup round of 16 football match between Uruguay and Portugal at the Fisht Stadium in Sochi on June 30, 2018. / AFP PHOTO / Jonathan NACKSTRAND / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - NO MOBILE PUSH ALERTS/DOWNLOADS

Ao longo dos anos, muito se tem por cá falado sobre a importância da condução, do provocar o adversário com bola, do atrair opositores para libertar colegas, do ganhar espaço para.

A última meia hora de Bernardo foi uma delícia de tomada de decisão.

Mas porquê? E como? O que é isto do atrair, e como se ganha espaço e tempo para os colegas?

Bernardo a brincar com os opositores, levando-os para onde quer, e os timings absolutamente certeiros com que solta cada bola.

Inteligência é isto:

 

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

12 Comentários

  1. Craque. Craque. Craque. E tão, mas tão criticado e incompreendido por tantos. A seleção tem de ser construída à volta do talento deste miúdo.

  2. A partir de agora tem de ser João Mário a 8 e Bernardo Silva a 10, num 433 onde temos um extremo assumido de um lado e, ao lado do ponta de lança, um avançado mais móvel. Se o ponta de lança for Ronaldo, jogaria Guedes ou Bruno Fernandes no apoio mas mais descaído para o lado contrário ao do extremo. Se o ponta de lança for André Silva, será Ronaldo a fazer de avançado mais descaído para o lado contrário ao do extremo. O João Mário, jogando a 8, ficaria no vértice do triângulo de meio campo que permitiria cobrir a ausência de um extremo. O João Mário e o Bernardo Silva têm de ser uma espécie de Xavi e Iniesta (mal comparados, claro). Nos jogos contra adversários mais fortes, João Mário passaria para a direita, ou eventualmente até para o banco, para dar lugar ao Adrien ou a outro médio mais defensivo.

  3. Excelente artigo uma vez mais … como se costuma dizer uma imagem vale mais que mil palavras … neste caso os poucos minutos do vídeo para os mais distraídos da uma pequena lição de futebol.
    Como já referi noutras intervenções, creio que este jogo com o Uruguai irá servir de marco para a forma de jogar da seleção (para melhor). Vamos ter de aguardar ainda uns meses largos, porque não será certamente em setembro por exemplo, que a regeneração dos centrais se irá notar, na minha opinião o não termos centrais capazes de assumir bola no pé e com capacidade para tal (não basta querer e pedir a bola é preciso saber entrega lá em condições) neste mundial também nos “matou” …
    Abc

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