Na antevisão feita na RTP3 ao jogo da Suécia com a Suiça, toquei naquele que me parece ser o ponto mais importante e que tornou a equipa sueca uma surpresa no Mundial pelos seus resultados.
A equipa de Jan Andersson é muito difícil de bater (em quatro jogos somente contra a Alemanha sofreu golos) por duas grandes razões:
a) Sem bola tem uma organização muito interessante. O seu 442 clássico controla muito bem a entrada da bola nos espaços entrelinhas, dá pouquíssimo espaços entre a sua organização, consegue encurtar o campo, e fá-lo mesmo mantendo a linha defensiva a uns bons metros da sua baliza. Também porque tem um guarda redes capaz de jogar com o posicionamento dos seus defesas. Convida os adversários a entrarem pelo corredor lateral, porque dentro não há espaço e tem depois jogadores fortes no controlo do jogo aéreo. É portanto muito difícil de bater quando está em Organização Defensiva;
b) Com bola, tem também preocupações defensivas evidentes, que tornam muito complicado conseguir marcar golos à equipa que tem surpreendido pelos seus resultados. Guarda sempre um mínimo de cinco jogadores atrás da linha da bola (o lateral do lado oposto nunca se projecta em demasia, e fica sempre a pensar o jogo numa perspectiva mais defensiva, mesmo aquando da posse, e os médios centro também se guardam sempre numa posição de cobertura, deixando para os alas (Forsberg e Claesson) a tarefa de se moverem entre linhas e ligarem o jogo nas zonas de criação.
Porque o formato do Mundial está muito direccionado para dar sucesso a equipas que antes de tudo o mais se preocupem com aspectos defensivos, foi possível à Suécia mesmo sem um jogo interessante nos momentos ofensivos, chegar aos últimos oito.
De um ângulo que permite mais facilmente perceber o rigor comportamental, e o como pensa o jogo sobretudo numa perspectiva defensiva, de não sofrer golos, eis a Suécia:
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