Santa Clara de bola parada na árdua luta pela manutenção

O Santa Clara de João Henriques é uma das equipas que procura com afinco a fuga à despromoção, e Bruno Lamas, que se estreia na Liga NOS, e que havia mencionado como um dos homens do campeonato a seguir, é um dos maiores destaques dos açorianos.

Embora ainda esteja algo inconstante no total das suas ações, o brasileiro que chegou proveniente do Leixões tem assumido um papel preponderante nos momentos em que a equipa de João Henriques se prepara para ferir os adversários. Em transição ofensiva e de bola parada.

São nove golos em quatro jogos, e um invulgar aproveitamento de seis golos de bola parada! Dos livres aos pontapés de canto, e até de lançamento de linha lateral, ninguém tem provocado tantos danos nos esquemas tácticos como a equipa insular.

Os outros três golos surgiram em Transição Ofensiva, embora um dos golos somado em tal momento, resulte após uma recuperação rápida, após perda em Organização Ofensiva.

A partida contra o Boavista de Jorge Simão, foi o primeiro jogo em que o Santa Clara teve mais bola que o oponente na Liga, e dos seus doze remates, nove surgiram também de bola parada! Tendo os outros 3 saído em Transição Ofensiva. Foi precisamente a sair rápido para o ataque que a equipa de João Henriques fez pagar o Boavista, num jogo de muitos golos e pouco futebol. Muito repelão, muito duelo e bolas por cima.

Habitualmente, os golos que surgem de bola parada não têm sustentação suficiente que permita garantir que continuarão a surgir, e que ter sido forte em tal momento, significa que se continuará a ser, e que portanto, não haverão razões para preocupações. Embora os lançamentos de Patrick e as bolas redondas que saem dos pés de Lamas e Rashid, venham sempre a provocar desconforto, está por perceber se o Santa Clara ofensivamente poderá viver quase exclusivamente de tal momento.

Na quarta jornada surgiu a primeira vitória, os primeiros “pozinhos” de Bruno Lamas, e a notoriedade do iraquiano Osama Rashid, que para além de agressivo e veloz sem bola, tem também uma qualidade técnica nem sempre vulgar em quem joga logo à frente da linha defensiva.

A sair rápido após recuperar e nas bolas paradas. Um “cliché” na Liga portuguesa.

 

 

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

1 Comentário

  1. Honestamente ainda não vi nenhum jogo do Santa Clara, e daí a minha pergunta. Quando se referem aos golos deles de bola parada, eles só marcaram de livre ou de canto também?
    No caso de terem vários de pontapé de canto e vocês acharem que vale a pena, poderiam mostrar uma análise destes em relação a algum tipo de estratégia do Santa Clara e movimentos dos seus jogadores?
    Obrigado pelas vossas partilhas desde já.

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