
São já vários anos em Braga, sempre a somar um número considerável de jogos, sempre importante ao longo de todas as épocas, mas sem uma notoriedade desmedida.
Goiano ganhou uma nova vida no modelo de jogo de Abel Ferreira.
Continua a defender na lateral defensiva, mas aquando do momento da posse, é o central mais à direita da linha de três. E porque é muito mais um jogador que conhece os tempos do jogo, e que usa a sua capacidade para tomar decisões, do que o tradicional jogador de corredor lateral, que come metros a grandes velocidades, tornou-se uma peça determinante numa das equipas mais excitantes de Portugal.
Liga com qualidade no seu passe, que ora acelera o jogo pela tensão que coloca na bola, ultrapassando linhas enquanto a bola chega a Esgaio, ora retarda e permite organização, ora progride para fixar, sempre com uma ideia de dar continuidade ao jogo para lá da sua acção.
O corredor direito do Braga tem sido um ponto de desequilíbrios e origem dos mais diversos golos. Ricardo Esgaio vive os tempos da sua vida, a um nível elevadíssimo, somando assistências e aproximando a equipa do Minho das balizas adversárias, mas que não se ignore o papel silencioso de quem fica no vértice inferior do triângulo que sai para o ataque no corredor direito da equipa de Abel.
Pensamento e execução, que cria condições para que mais adiante a magia aconteça.
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