Wolves de NES. OO e TO

Depois de uma passagem infeliz e mal sucedida a vários níveis pelo Porto (resultados e futebol), NES lidera agora uma das equipas mais organizadas e fascinantes da Premier League, tendo em conta que estamos a falar de uma das formações com menos orçamento e que acabou de subir do Championship. O treinador português está agora mais dominador, mantendo o equilíbrio como gosta e muito forte a explorar a transição ofensiva, algo que sempre foi sua característica.

Partindo de um 541 a defender, a atacar é uma equipa que gosta de ter a bola, paciente e que vai variando o jogo à espera do melhor momento para acelerar e visar a baliza adversária. A construção é feita com os 3 defesas bem largos (Boly sempre a pisar a linha na construção, pois por ser destro do lado esquerdo está sempre protegido pela linha lateral, não sendo possível pressioná-lo pelo lado cego) e os 2 médios à frente (Ruben Neves e Moutinho são os faróis de todo o jogo ofensivo do Wolves) que oferecem linhas de passe por dentro e por fora, sempre em linhas diferentes de profundidade. Estes 5 mantêm-se sempre em cobertura até conseguirem espaço para acelerar, de forma a ser linhas de passe para variar e para se manterem equilibrados em caso de perda. Orientam sempre o ataque para os corredores laterais, onde com lateral e extremo tentam envolvimentos para penetrar e chegar a zonas de cruzamento. Mais perto da àrea é comum o médio do lado da bola envolver-se no corredor lateral para tentar desequilíbrios. Quando isto acontece, o lateral do lado contrário fica a equilibrar na linha do médio que ficou, mantendo os 5 atrás da linha da bola em cobertura. Aquando do cruzamento, zonas de finalização ocupadas pelo avançado, extremo do lado contrário e os 2 jogadores que ficam em cobertura, chegam à entrada a àrea para finalizar de segunda ou para reagirem à perda se o cruzamento for defendido. Por fim, bola longa padronizada, quando um dos jogadores de trás está sobre pressão, avançado faz movimento em apoio ou ruptura para o lado da bola e a bola entra longa neste, para a profundidade ou para segurar e esperar pelos apoios.

Em transição ofensiva, passe após a recuperação, de forma a tirar a bola da zona de pressão, posteriormente, tal como em OO, a jogada acaba sempre no corredor lateral. 2 padrões bem vingados quando ganham a bola, se no corredor central, 9 em apoio, extremos na profundidade, se no CL, 9 do lado da bola e muitas vezes extremo a tentar conduzir para dentro. Verticalidade, velocidade e sempre à procura do corredor lateral para o passe que antecede a finalização. Nota ainda para os dois médios, que chegam muito rápido a uma segunda linha, tal como no golo ao Manchester United.

 

 

Seja o primeiro a comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*