A sociedade Wijnaldum & Depay

Há já algum tempo que a Holanda não tinha uma noite tão saborosa no seu futebol. Num jogo em que a Alemanha teve um indice de sucesso na finalização muito, muito baixo, foi Wijnaldum e Depay que mais se destacaram e que conduziram a seleção holandesa para um resultado que ninguém esperava. São as duas estrelas maiores desta nova Holanda e não desiludiram num jogo onde todos os ataques e situações de finalização sairam dos pés deles.

Olhar para Wijnaldum, mesmo na seleção, é perceber o protótipo perfeito do médio que quer Klopp. Fisica e condicionalmente é incrível. Seja no ar ou no chão, é fortissimo nos duelos, velocidade de deslocamento e uma capacidade de ir e vir rápido várias vezes por jogo que impressionam. Com bola é super, super inteligente, quer no momento do ganho, ao perceber para onde deve entrar o primeiro/segundo passe, quer a perceber se deve acelerar ou pausar, como a ser ele mesmo a acelerar em condução comendo metros rapidamente e aguentando todos os choques. Em organização, apesar de não ser um criativo ou um elemento que tecnicamente seja um superdotado, tomada de decisão sempre assertiva, qualidade técnica para dar seguimento e um jogador que consegue ter todo o tipo de movimentos que se podem pedir, seja no corredor central, lateral, seja em apoio ou profundidade.

Já Depay, não joga no Liverpool mas bem que poderia lá estar. Prodígio técnico, velocidade não só de deslocamento como de execução, super desequilibrador individualmente ou a associar-se, letal com espaço e muito forte na finalização com qualquer pé. Quer no apoio como na profundidade, no corredor central ou no lateral, foi ele a grande referência ofensiva da seleção holandesa neste jogo e a partir dele que nasceram todos os desequilíbrios e as grandes oportunidades de golo.

 

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