O cantar da bola, e a exigência e minuciosidade máxima

Um bom passe, não se limita a chegar a um colega de equipa. Em suma, um bom passe, não é aquilo que a estatística nos traduz como um passe certo.

Tem um sem número de variáveis quer na sua decisão, quer no gesto, que contribuem para que seja efectivamente certo e bom, ou não. Independentemente de chegar ao pé de um colega.

Se na sua decisão, é fácil perceber que há passes melhores que outros, que ter a possibilidade de isolar um colega, e antes optar por passar para trás, não é um bom passe, mesmo que a bola chegue ao destino, isto é, ao defesa central, tecnicamente tem também diferentes variáveis que o tornam bom ou mau. Chegar mais rápido, mais tenso ou mais lento, não é igual, e tal pode chegar pela decisão, mas também muitas vezes relacionado com a qualidade da execução.

Há não tanto tempo assim, Jorge Jesus exigia dos seus jogadores que fizessem a bola cantar em cada passe. Sem o som da bota na bola, haveria problemas para os executantes. O grau de minuciosidade no seu trabalho, algo que hoje já se torna normal, há dez anos atrás, foi o que o levou ao topo, não do futebol mundial como teria merecido, mas do nacional.

Como praticamente todos os grandes, e que proporcionaram evolução no jogo, Jorge Jesus gera sentimentos de amor e ódio. É fácil recordar que tem dificuldades a comunicar, e trazer à memória jogos que perdeu.

Difícil, muito difícil, sobre qualquer outro, é ouvir a unanimidade do discurso de quem foi por si treinado.

O Jesus tinha prazer em ensinar! Tive o Camacho, Ziganda… esquece… não há comparação possível. Eu aprendi a jogar futebol com ele! Dizia-me, és avançado, é fácil. Só tens dois movimentos, ou vens ou vais. Quando não sabes qual é para fazer, vai que alongas a organização adversária. Só largava um gajo quando aprendíamos…

Daddy

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Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

2 Comentários

  1. O futebol sera e continua a ser aquela que em modalidade pode fazer um ou mais sendo bons ou maus tirar em frente o casual jogador na pratica opurtunidade de vencer. a hivelussão constante lembra a grande iquipa do sporing que aqueriu o grande brune de Carvalho e que não histá só assim se pod dizer e considerar a justa causa dos admissões e espidimentos com causas hisplicads na primeira frase conjuntiva.

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