
O Arsenal sentenciou o jogo com o Leicester com um golo de verdadeira antologia.
Nos dias que correm, em que os comportamentos adversários são demasiadas vezes tão padronizados que é permitido delinear formas de agredir a oposição com base no seu próprio padrão, em ataque posicional, e quando não há espaço para entrar, por bom controlo defensivo, há para quem tem segurança nos seus jogadores, sempre forma de fazer a oposição desorganizar-se através de um “chamamento” para a pressão.
Em função do que determina o treinador, há indicadores que são seguidos para que toda uma equipa saía em conjunto a pressionar. E a oposição sabe-o.
Trouxe recentemente o exemplo da estratégia de Pepa no jogo contra o Vitória, e de Paulo Fonseca contra o Manchester City.
É necessária coragem, porque envolve uma situação de desconforto (sair com qualidade do pressing, numa zona baixa, e onde se tende a “arriscar” menos) e qualidade, mas reunidos tais ingredientes, outra forma de desmontar uma organização defensiva, é chamá-los a sair de trás, trocando o seu comportamento de controlo em Organização Defensiva, pelo pressing.
Não sei se o propósito do Arsenal no início da jogada do seu golo absolutamente maravilhoso, foi o de estender os jogadores do Leicester no campo, para ganhar espaço entre elementos e encontrar maiores facilidades para chegar posteriormente ao último terço, ou se o desenrolar do lance foi-se sucedendo apenas porque sim. Não deixa, porém, de ser um excelente exemplo de mais uma forma de desmontar uma organização defensiva.
Chamar a oposição a sair de trás, aumentar espaço entre elementos pela procura da defesa individual, para posteriormente agredir.
Quando Özil joga assim é o melhor 10 do mundo(Messi é de outro mundo)! 😉