Chamar a pressão – Por trás do maravilhoso golo dos “gunners”

O Arsenal sentenciou o jogo com o Leicester com um golo de verdadeira antologia.

Nos dias que correm, em que os comportamentos adversários são demasiadas vezes tão padronizados que é permitido delinear formas de agredir a oposição com base no seu próprio padrão, em ataque posicional, e quando não há espaço para entrar, por bom controlo defensivo, há para quem tem segurança nos seus jogadores, sempre forma de fazer a oposição desorganizar-se através de um “chamamento” para a pressão.

Em função do que determina o treinador, há indicadores que são seguidos para que toda uma equipa saía em conjunto a pressionar. E a oposição sabe-o.

Trouxe recentemente o exemplo da estratégia de Pepa no jogo contra o Vitória, e de Paulo Fonseca contra o Manchester City.

É necessária coragem, porque envolve uma situação de desconforto (sair com qualidade do pressing, numa zona baixa, e onde se tende a “arriscar” menos) e qualidade, mas reunidos tais ingredientes, outra forma de desmontar uma organização defensiva, é chamá-los a sair de trás, trocando o seu comportamento de controlo em Organização Defensiva, pelo pressing.

Não sei se o propósito do Arsenal no início da jogada do seu golo absolutamente maravilhoso, foi o de estender os jogadores do Leicester no campo, para ganhar espaço entre elementos e encontrar maiores facilidades para chegar posteriormente ao último terço, ou se o desenrolar do lance foi-se sucedendo apenas porque sim. Não deixa, porém, de ser um excelente exemplo de mais uma forma de desmontar uma organização defensiva.

Chamar a oposição a sair de trás, aumentar espaço entre elementos pela procura da defesa individual, para posteriormente agredir.

 

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

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