É em Pina Manique que mora o maior artilheiro do Campeonato de Portugal até ao momento. Gonçalo Gregório tem feito as delícias dos adeptos do Casa Pia AC, marcando golos atrás de golos e somando óptimas exibições sob o comando de Rúben Amorim.
Gonçalo é filho de um antigo jogador bem conhecido do campeonato Português e que esteve vários anos ao serviço do CF “Os Belenenses” – o ex-defesa Rui Gregório. Como não poderia deixar de ser, foi lá que o ponta-de-lança de 23 anos começou a dar os primeiros passos, fazendo parte da Formação dos “azuis do Restelo”.
Por empréstimo do CF “Os Belenenses”, jogou ainda nos Juniores do Vitória FC e, já como Sénior, no GS de Loures e no Casa Pia AC – onde apontou 14 golos em 36 jogos –, seguindo-se depois o salto para o Leixões SC, um empréstimo ao SC Farense, o UD Vilafranquense e, novamente, o Casa Pia AC, onde está desde a segunda metade da época 2017/2018. Na presente temporada, leva nove golos no Campeonato de Portugal, tendo também apontado dois tentos na Taça de Portugal.
Gonçalo Gregório mede 1,84m e tem uma capacidade física aliada a uma boa aceleração que lhe permitem resistir às cargas dos defesas adversários, sendo muitas vezes parado apenas com recurso à falta. A sua altura fá-lo ter uma razoável capacidade de impulsão, apesar de não ser um cabeceador exímio.
Em termos técnicos, trata-se de um ponta-de-lança que tem como pé direito o seu preferencial, é ágil e possui um óptimo primeiro toque que lhe permite receber a bola em perfeitas condições para se enquadrar com a baliza e finalizar ou para assistir um companheiro de equipa que esteja melhor posicionado. Mostra uma boa capacidade finalizadora e um drible razoável, que poderá continuar a ser melhorado. Tem uma boa capacidade nos passes de ruptura, que utiliza frequentemente em busca da profundidade dos médios-ala ou do ponta-de-lança que o acompanha. É, nesta temporada, o principal marcador de penalties, estatuto conquistado muito por fruto da sua frieza na hora de fazer golo.
Gonçalo Gregório é, também, muito inteligente e perspicaz nas suas movimentações. Tem um muito bom jogo sem bola, que o faz ser um ponta-de-lança bastante móvel e difícil de marcar. Muitas vezes, não se inibe de sair da área para participar no momento de Organização Ofensiva e dar apoio frontal (entre linhas) à construção dos médios, estando depois igualmente presente na hora de finalizar as jogadas. Tem uma boa visão de jogo e decide geralmente bem.
Devido às suas capacidades, poderemos vê-lo num sistema de um ou dois pontas-de-lança. No caso de jogar com um companheiro de equipa na mesma linha, tem bastante competência para actuar como segundo avançado e jogar mais entre linhas.
Bruno Costa
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