Rápido, rápido, lento, lento – Real Bétis de Quique Setién

O bom jogo, aquele que aproxima da vitória não é rápido como tantos durante demasiado tempo acreditaram, nem é lento, como hoje alguns pensam ser verdade.

O bom jogo, alterna os seus ritmos, em função do contexto. Dos posicionamentos de uns e outros. Quando a equipa adversária se estende no relvado, chegar rápido, desde que bem, é a solução para não permitir reorganização colectiva.

No magnífico golo do Bétis, dois gestos técnicos de nível mundial: – O passe do guarda redes Lopez e a recepção do lateral Francis, e posteriormente tomada de decisão com e sem bola ao mais alto nível. A condução para dentro do lateral, para ganhar mais opções, os movimentos para dar essa maior variabilidade de opções ao portador (abrir no corredor de onde vem portador, para que este fique com opções à direita e à esquerda), e definição no tempo e espaço oportuno, embora beneficiando ainda de uma casualidade feliz.

Uma relíquia, e a prova de que o ataque posicional pode e deve alternar ritmos, desde que o adversário lhe permita condições para tal:

 

3 Comentários

  1. Convém ter em conta que esta reposição de bola em jogo diz respeito a um lance de golo anulado pelo VAR, ou seja, existe alguma desconcentração por parte dos jogadores do Celta, para além daquela mudança repentina de emoções, do êxtase para o desapontamento em alguns segundos. Menciono isto sem colocar em causa a qualidade do lance, atenção. Aliás, vi o jogo em directo e achei um dos melhores jogos do ano até ao momento. Canales esteve intratável. E esta assistência à lá Guti foi maravilhosa.

    Um abraço

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