Tottenham 3-1 Chelsea. Curtas

1ª Parte

Bastante melhor o Tottenham em todos os momentos do jogo. A defender em 442 losango com muita gente no corredor central, não permitindo a posse vertical para que os médios dos Blues fiquem enquadrados para jogo (talvez o jogo em que Jorginho tocou menos vezes na bola desde que está em Inglaterra). Pressão muito forte e com muitos na construção do adversário que arrisca quase sempre sair a jogar e que tem provocado bastantes erros em posse e o recuperar de bolas altos no campo. Com bola, seja em organização (com passes verticais ou ir fora para colocar a bola dentro) ou em transição (sempre de forma vertical a conseguir bater a reação do Chelsea), a conseguir eliminar a linha média e encontrar a linha defensiva inumeras vezes. Son, Kane e Ali com muita liberdade para se movimentarem entre linhas a toda a largura e na profundidade e Eriksen que quando a bola está mais perto da sua àrea pega mais baixo na construção e que mais alto alterna entre zonas de construção e criação sempre com uma qualidade ímpar (Sissoko com bola no meio-campo ofensivo ao lado de Dier como coberturas e Aurier bastante aberto e profundo do lado direito). Nota ainda para a forte reação após a perda da equipa, com muitos jogadores a abafar portador e soluções próximas.

Já o Chelsea, tal como disse em cima, a não conseguir colocar os seus médios de frente para o jogo e jogar pelo corredor central para depois solicitar Hazard e William. Mais erros em posse que o habitual (o campo pode também não ajudar) e mais perdas em zonas baixas. A equipa de Sarri até está larga no campo, no entanto, pedia-se mais jogo exterior com mais dinâmicas no corredor lateral para chegar a zonas de cruzamento e/ou finalização. Uma solução para bater a pressão do Tottenham, que envolve muita gente na pressão, é a bola longa para Morata segurar e jogar de frente nos extremos, tal como fizeram duas/três vezes. Muitas dificuldades para defender o 1º Poste nas bolas paradas.

2ª Parte

Segundos 45′ com pouca história. Chelsea sempre com mais bola (em grande parte consentida pelo Tottenham) e agora com mais posse em zonas mais altas do campo, no entanto com muita dificuldade em criar situações com vantagem numérica, espacial e/ou temporal, tanto por dentro como por fora. As duas situações de maior perigo a nascerem de lances em que os Blues atrairam o adversário (numa delas dentro num apoio frontal de Morata e no golo de Giroud de um lado do campo) e soltaram rapidamente no corredor lateral com espaço para cruzar com qualidade na área. Muitas dificuldades na transição defensiva, a primeira pressão era constantemente batida (demora em colocar a bola coberta para evitar que os Spurs jogassem vertical) o que deixava o 3 que ficavam no equilíbrio expostos com demasiada porção do campo para defender.

O Tottenham baixou o bloco e explorou (e bem) tanto a TO como os momentos em que quando tinham bola baixos o Chelsea pressionava mais alto com os 6 homens da frente e conseguiam bater a pressão (de forma mais longa ou mais ligada) e ficar contra a linha defensiva. Kane (muito forte a jogar como apoio frontal para segurar e tocar, mas também a enquadrar) e Son (apoios e rupturas, velocidade e qualidade incrível em condução e drible, mas muito forte também a procurar o espaço entre linhas para receber e agredir a linha defensiva. Não fosse a falta de acerto na finalização hoje e o resultado poderia ser histórico) a rebentarem com o Chelsea hoje.

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