Como Sarri bateu Pep

Na conferência de imprensa antes do jogo contra o Manchester City, Maurizio Sarri afirmou que não sabia como ganhar a Guardiola. Mas afinal sabe! Como seria de esperar, a equipa de Guardiola teve mais bola do que o Chelsea durante todo o jogo, principalmente na primeira parte. Para contrariar toda a dinâmica ofensiva do City, seria necessário roçar a perfeição do ponto de vista defensivo… E assim foi!

Como é habitual, a equipa de Guardiola não abdicou da saída apoiada, e por isso, os “Blues” procuraram condicionar essa saída curta dos “citizens”, embora tivessem sido raras as recuperações em zonas altas. Em zonas mais baixas, o Chelsea posicionou-se num 4-5-1 que procurava impedir a entrada em zonas de criação pelo corredor central através da utilização de uma linha média de 5 elementos, o que permitia um maior controlo da largura do espaço central. Na pressão aos centrais, Kanté e Kovacic iam alternando com a linha média quase sempre bem articulada, enquanto que, Hazard fechava a entrada da bola em Fernandinho. Além disto, a equipa londrina conseguiu sempre controlar o jogo exterior do City com os laterais a controlarem a largura defensiva e a nunca deixar receber os alas do City com espaço e tempo para decidir com critério.

Foi um Chelsea extremamente competente nos momentos defensivos, à imagem do que acontecera nos tempos de Sarri em Nápoles, acrescentando a habitual qualidade com bola.

Nos tempos de hoje, para se vencer a top, onde o equilíbrio é nota dominante, não chega só ter um modelo de qualidade como já referimos por cá, há outras duas variáveis muito importantes e que o Chelsea demonstrou ao longo de todo o encontro, ou não se tratasse isto de um jogo: Estratégia e Sorte (que a teve em vários momentos do jogo, expressa em maior / menor eficácia de uns ou outros).

Afinal Sarri sabia como vencer Guardiola…

 

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1 Comentário

  1. Chelsea com plano de jogo. Curioso com Sarri a defenderem mais baixo do que o normal, bem organizados. Pouco espaçados. Sempre ligados, mais junção. Sem avançar tanto, não abrindo demasiado. Napoli pagou várias vezes pelo contrário. Exemplos houve contra tops em que defenderam bem mais alto num maior risco.
    Neste jogo ainda a conceder algumas na 1ª mas a querer sempre sair no pé. No limite do risco. O golo e a 2ª parte fantástica. Fechando e tentando sair mais, mesmo não criando muito perigo.

    Densidade no meio campo, pressão sempre agressiva no portador e compensações atentas. Surpresa nisso pela continuidade em jogo. Como mantiveram estrutura todo o jogo. Sarri, em registo diferente.

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