
Na deslocação a Alvalade, o Belenenses protagonizou uma das melhores exibições da época em casa de um dos grandes. Mais uma vez, a equipa de Silas voltou a demonstrar uma identidade bem vincada, que valoriza o jogo e promove o espectáculo. Foram enormes as dificuldades colocadas a um dos candidatos ao titulo, sobretudo pelo tipo de jogo que se propôs desde o primeiro minuto. Para lá do resultado, fica a exibição próxima do brilhantismo dos azuis e brancos que merecia outro desfecho final.
Os comandados de Silas voltaram a fazer uma exibição soberba em todos os momentos do jogo, principalmente com bola. Uma vez mais, o histórico clube de Lisboa demonstrou uma competência tremenda em ataque posicional que se traduziu num número significativo de oportunidades de perigo. Além da já habitual capacidade incrível para aproveitar a profundidade, o Belenenses foi extremamente capaz de jogar dentro da pressão leonina e retirar com critério para o lado oposto até mesmo em situações de inferioridade. Em transição ofensiva, a equipa de Silas beneficiou desta capacidade de sair da pressão aproveitando, ainda, o espaço nas costas da última linha sportinguista com constantes ataques à profundidade por parte de Fredy e Licá.
Em organização defensiva, o Belenenses foi, como habitualmente uma equipa extremamente competente. Posicionada num 5-3-2, a equipa de Silas bloqueou a saída curta do Sporting por completo, criando bastantes dificuldades ao conjunto leonino na ligação da sua construção. Além disto, Licá ficou responsável por limitar a condução de Mathieu, conseguindo que o francês não criasse desequilíbrios na primeira fase. Em zonas mais baixas,a equipa esteve muitíssimo compacta, fechando o corredor central de forma eximia com as marcações individuais aos médios adversários, que impediram a entrada em zonas de criação pela zona central à equipa comandada por Keizer.
Nos corredores laterais, foram pouquíssimos os desequilíbrios criados pela equipa de Alvalade com mérito defensivo do Belenenses, uma vez que, o posicionamento dos laterais da linha de 5 permitia sempre chegar a tempo de controlar a largura. Com a mudança estrutural no desenrolar da 2ª parte, a equipa acabou por sofrer defensivamente e o Sporting conseguiu chegar à vitória.
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