A defesa individual nas bolas paradas

O momento das bolas paradas é talvez aquele em que mais fácil é entender o risco de defender o homem, e não a baliza.

Defender o homem poderá garantir recuperações mais rápidas, e provocará sempre maior desconforto no adversário directo. Porém, nestes casos, a protecção da baliza, dependendo do comportamento do adversário poderá ver-se desguarnecida.

No jogo da Taça que levou o FC Porto ao Estádio do Mar, um exemplo claro do que se pretende afirmar, embora a definição de quem marcou o canto tenha impedido benefício maior:

4 Comentários

  1. Uma história mais ou menos engraçada: Quando aqui há uns anos a equipa treinada pelo Maldini veio jogar à Finlândia para a fase de qualificação para a Liga dos Campeões, no fim de um jogo em que a sua equipa perdeu frente a um adversário incrivelmente mais poderoso em termos individuais (Avaldsnes, da Noruega), sobretudo física mas também tecnicamente já que tinha 1 ou 2 intérpretes que sozinhos desequilibravam aquilo tudo, no fim do jogo fui dar uma volta a um dos topos e um simpático repórter Finlandês cujo nome não recordo largou a câmera para vir falar comigo e perguntou-me por que razão a equipa portuguesa não tinha marcado individualmente nas bolas paradas. A equipa do Maldini sofreu 2 ou 3 golos quando defendia pontapés de canto. Eu disse ao Finlandês que perguntasse directamente ao Maldini e levei-o até ele. Assim fomos (a minha filha na altura com 3 anos ia comigo). O Maldini, cortês, um gigante gentil, um gentleman e nada menos do que isso, largou o que fazia assim que se apercebeu que eu e o Finlandês nos dirigíamos à sua pessoa e veio ter connosco ao mesmo passo que nos aproximávamos dele. O repórter Finlandês fez-lhe então a pergunta e o Maldini respondeu que justamente pela diferença brutal de tamanho entre as jogadoras norueguesas e as portuguesas, marcar individualmente seria garantir que as primeiras ganhariam todo e qualquer duelo.

    Quando não se sabe não se inventa mas também não se fica na ignorância: pergunta-se a quem sabe. Simples e não custa nada.

    • Nunca esquecerei a tua ajuda… fizemos nessa época algo até então nunca feito… contra a equipa da casa.. e tu ajudaste mesmo muito! Teriamos sido trucidados sem a tua ajuda

      Grande abraço

  2. Sim, foi um feito tremendo. Da tua exclusiva autoria. Eram / são muito fortes (equipa finlandesa), organizados, individualidades muito boas, vitórias jogo-sim-jogo-sim, praticamente, e nesse ano voltaram a ganhar o campeonato e a taça (tri), e no ano passado também (2018, só campeonato). Não tivessem claudicado em 2017, hoje seriam penta. O teu homólogo ainda por lá continua, e no fim do jogo estava obviamente fustigado. 12 fora-de-jogo nessa partida (sim, 12), o coitado deve ter-se sentido inábil. E se não sentiu, nalguma medida, deveria. A tua preparação desse jogo foi / é um exemplo ou uma lição didáctica de como ultrapassar adversários individualmente superiores. Foi muito saboroso.
    Quanto às norueguesas, só o facto de terem uma campeã olímpica pelo Brasil diz tudo …

    Abraço enorme.

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