Curtas da final da Taça da Liga

  • Primeira parte com superioridade do Sporting. Não na toada do jogo, ou sequer em termos de domínio, mas porque com uma organização defensiva com zonas e timings para sair para pressionar bem definidas, e mais altas do que no clássico do campeonato, conseguiu recuperar bolas em número suficiente no meio campo ofensivo, para poder materializar o seu ascendente em termos de criação ofensiva, mesmo que esta tenha chegado somente em Transição Ofensiva;
  • Novamente o Sporting com as alterações que Keizer introduziu no modelo, depois do balanço pós Tondela. Uma equipa que envolve menos jogadores à frente da linha da bola, e que se preocupa numericamente com o estar equilibrado no momento da perda. Menos capaz ofensivamente, menos atractiva mas nem por isso menos próxima de ganhar;
  • Segunda parte com uma pequena “avalanche” dos azuis. Não de qualidade, nem por sombras, mas antes na forma como venceu sucessivamente os duelos e fisicamente esteve constante até ao final da partida, enquanto que do lado dos leões, depois da fadiga se instalar, foi notória a incapacidade quer para pressionar, quer para manter a equipa junta quando o adversário esticava o jogo de forma mais directa. O poder físico, tão marcante do modelo dos azuis, encostou o Sporting atrás, e candidatou a equipa de Sérgio a uma “sorte” / “erro do adversário” que por momentos pareceu que iria traçar o destino da final;
  • Uma vez mais um jogo pautado por mais correria do que pensamento, mais transpiração que talento, e ambos os golos acabaram por ser a marca dos traços da partida. Dois disparates / erros individuais (Renan e Óliver), abriram e fecharam o marcador;
  • O Sporting terá sido de entre as quatro na final four a que passou por maiores períodos de grandes dificuldades para se superiorizar nos jogos. Venceu como poderia ter vencido o troféu qualquer uma das outras quatro equipas em prova. Foi no detalhe. Tivesse o vencedor sido outro, e a conclusão seria idêntica. Nenhuma das finalistas da final 4 apresentou de forma consistente argumentos para que se possa garantir que teria sido um claro e muito justo vencedor.
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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

4 Comentários

  1. Foi a taça Renan Ribeiro, bravo e ‘relaxado zagueiro’ (Zetti dixit), discípulo do fabuloso Rogénio Ceni que defende 4 penalties em ‘2 dias’ e dá mais um título para o Sporting (5ª final consecutiva que o Sporting venceu ao FC Porto). Bom jogo de Coates. Ainda assim, esta conquista não esconde a mediocridade generalizada que é o futebol do Sporting, e teria sido preferível que tivesse tendo jogar futebol. A boa-vontade do árbitro (Braga, lance de Acuña) e o VAR (hoje) não auxiliarão para sempre …

    Já agora, com este triunfo o Sporting alcança os 22 873 títulos (números oficiais da FMDT).

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