A final da Taça da Liga foi ganha pela segunda vez consecutiva pelo Sporting. Uma final resolvida nas grandes penalidades que muita gente denomina por lotaria, rejeito claramente essa distinção, um penalti tem imensas variáveis (ansiedade, pressão, imprevisibilidade, colocação dos apoios, ponto de aplicação da bola, tempo de reação, árvore de decisão no binómio precisão/ força) mas isto será tema para um futuro artigo.
Após uma final four caracterizada por polémicas, o futebol, essência de todas as nossas paixões, foi remetido para segundo plano. A verdade insofismável é que é ele que nos move, daí pormenorizarmos os caminhos do clássico.
Equipas, numa perspetiva inicial respeitosas, mas com as ideias assentes numa estratégia pragmática para o sucesso.
O Sporting, a jogar num bloco médio, primou pelo fortíssimo pressing na saída do meio campo defensivo do Porto (menção para Raphinha que funcionou como elemento chave nessa atuação e que deu origem a muitas perdas de bola dos elementos defensivos do Porto).
Essas perdas de bola da equipa do Porto foram mérito sportinguista, perante a estratégia adotada em função do modelo de construção ofensiva por parte dos portistas, como se pode entender no próximo parágrafo.
O Porto encarou este jogo com a sua matriz habitual fazendo um jogo de antítese nas suas laterais. Pelo lado direito, foi solicitando uma série de vezes Corona na profundidade, uma tentativa de explorar o cariz mais ofensivo de Acuña. No lado esquerdo, a tentativa comum foi a exploração interior por Brahimi, daí resultar uma média superior de faltas nesse local (consequência da pressão de Raphinha suprarreferida) onde Alex Telles procurava criar perigo através das bolas paradas.
(vídeo com som)
Só uma sugestão: mudem a música!
Cumps
Boas.
No último lance, num contexto ideal não deveriam os jogadores do Porto subir com os apoios de lado, até não haver a mínima hipótese de bola descoberta?