Do Olímpico para o Dragão, com rosca e chutão…

… mas não só. Sim, a rosca e o chutão que criaram o golo que leva a decisão deste Roma-Porto para o Dragão são puxados para título porque, na realidade, a sua importância é mais sonante do que o jogo esforçado que o FC Porto fez, em todos os momentos, no Olímpico de Roma. Porém, esse esforço não só não foi recompensado como ainda teve de carregar dois amassos vindos do jogador romano a evitar. Não falamos do teenager Zanioli – que se encarregou da autoria dos dois golos da Roma nesta terça-feira – mas sim de Edin Dzeko, que provou mais uma vez não ter ainda perdido o jeito que fez, e faz, dele um dos melhores avançados do top europeu. Duas valentes mossas no plano de Conceição, o mesmo que tentaria de tudo para que a eliminatória seguisse limpa para Invicta, a tempo de, aí mesmo, libertar aquele que se espera um full-boost mode que no Olímpico quase nunca passou de um nem é carne, nem é peixe – o que é o mesmo que dizer que a dualidade atacar sempre a pensar em defender criou uma amarra mental que só nos últimos minutos deixou mostrar que este FC Porto tem tudo para seguir em frente para os quartos-de-final da Liga dos Campeões.


E pela segunda vez esta época, esperou Sérgio Conceição por um jogo que lhe trouxesse mais espaço nas costas adversários do que realmente aconteceria. Também Di Francesco, nesta terça-feira, amarrou os laterais, criando o equilíbrio necessário à contenção da possível exploração vertical de Tiquinho e Fernando Andrade. Foi, então, de 4x4x2 em riste que o FC Porto esperaria explorar um handicap romano que neste jogo foi corrigido à revelia de um bocejo atacante que, ainda assim, provocou alguns calafrios à linha defensiva azul-e-branca. E todos esses momentos catapultaram Edin Dzeko para um nível acima dos restantes, ele que aos 37′ aproveitaria a descoordenação da linha defensiva portista para ganhar profundidade, passando depois, sem contemplação, pelo Rolls-Royce Militão e atirando ao poste da baliza de Casillas, naquele que foi um claro aviso daquilo que estaria para vir.



Foi então preso à dualidade ataque/defesa que o FC Porto foi apanhado em contrapé, sofrendo um golo sem ter conseguido demonstrar o porquê de tanta gente o considerar favorito para esta eliminatória. Sem a energia e o boost necessário a incomodar realmente os romanos, prendendo-os onde o Dragão os quer, o golo sofrido aos 70′ (vindo de um lançamento lateral que encontrou a superioridade de Dzeko sobre Pepe, e a rebeldia de Zaniolo sobre Telles) alterou por completo o plano que tornou o jogo, em alguns momentos, num longo e enfadonho bocejo à espera da 2.ª mão. O golo, dizíamos, libertou o Porto para uma faceta mais progressista mas ainda assim cautelosa: facto totalmente explicado na jogada, aos 72′, que ligou, com bola, todos os jogadores portistas. Era um FC Porto de pé-para-pé que, agora, conseguia levar a redonda até à área romana, e era esse FC Porto que Sérgio pretendia para levar o 1-0, ou o 1-1, para o Dragão. Porém, ainda estaria para vir o habitual brinde portista concedido a adversários Champions, algo que a dupla Dzeko/Zanioli não desperdiçou (76′). Contudo, a salvação estava próxima e cairia, literalmente, do céu. Não foi a posse, não foi o número de passes acertados, nem tão pouco o pé-para-pé,mas sim um bola longa de Felipe, um desvio de cabeça de Adrián e uma rosca de Tiquinho a encontrarem aquilo que o Porto tanto procurava: um encontro de um-para-um entre um avançado e Mirante e, claro, um golo fora que deixa a passagem aos quartos em suspenso, e à espera de um Dragão em ebulição e de plano normal de jogo bem sublinhado: protagonismo, pressão, circulação, ganho de 2.as bolas, e criação de oportunidades pela criatividade de Brahimi, verticalidade e magia de Corona (e que falta fez o Tecatito) e diagonais e chegadas à área de Soares, Fernando e, outra vez, Corona. Um registo que, aliás, os últimos minutos deste jogo já deixaram antever.

Roma-Porto, 2-1 (Zaniolo 70′ e 76′; Adrián López 79′)

5 Comentários

  1. Energia, boost, roscas… Ahah! Ok estás a falar de futebol ou doutra merda qualquer? É que não li até ao fim – não vale a pena, assim como não vale a pena ver jogos de futebol que envolvam Fernando Andrade – e assim parecemos todos uns aprendizes de feiticeiro ou carpinteiro. Que nojo de futebol, que praga termos de levar com agentes desta modalidade que detestam futebol!

    • Nojo, praga?! É fácil…não vejas. Muda de canal.

      Ainda bem que há preferências, estilos diferentes. Para gostos diferentes. Todos legítimos. E até já todos ganharam.

    • “não vale a pena ver jogos de futebol que envolvam Fernando Andrade”. Deves ser um craque do c******, os teus jogos sim devem dar gosto de ver! Por muito mau (ou não) que o rapaz seja, pelo menos não se esconde atrás de um teclado e de um pseudónimo.
      E já agora, nojo mete um comentário como o teu. Um blog como este nem devia aceitar este tipo de comentários. Já dizia o outro “vai fazer algo de útil para a sociedade”. Que praga!

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