Em Nápoles, um jogo apaixonante entre dois dos candidatos a vencer a Liga Europa. De um lado, o Salzburgo vertical de Marco Rose e do outro, um Nápoles encantador de um dos treinadores mais titulados do Futebol Mundial. Foi um jogo de grande superioridade napolitana, ainda que, a espaços, a equipa austríaca fosse criando oportunidades para reduzir a desvantagem.
No seu já habitual 4x4x2 clássico no momento defensivo, o Nápoles foi altamente pressionante sobre um Salzburgo a tentar construir sempre desde trás. Este pressing provocou erros sucessivos na construção do campeão austríaco, no entanto, a equipa de Rose manteve a sua saída curta desde trás durante todo o jogo. Estes erros foram aproveitados pelo Nápoles com constantes saídas rápidas em direcção à baliza da equipa austríaca em zonas altas, mas também em zonas mais baixas.
O Salzburg organizou-se num 4x4x2 losango que, tal como o Nápoles, optou por pressionar a construção adversária e, a espaços, foi conquistando a bola em zonas altas. Foi, também, protegendo o corredor central com muita gente, o que gerou espaços nos corredores laterais para a equipa napolitana aproveitar.
Em ataque posicional, o Nápoles voltou a demonstrar a capacidade incrível, que nos têm habituado, para chegar à baliza adversária. A superioridade na construção e a qualidade brutal com bola de Koulibaly foi permitindo ligar com alguma facilidade a construção, sobretudo pelo corredor esquerdo.
Ainda que, o Nápoles tenha chegado ao golo inicial a furar pelo corredor central, foi pelos corredores laterais que a equipa transalpina criou maiores desequilíbrios devido ao pouco espaço existente no corredor central. Seja atrair dentro para ir fora e chegar a zonas de cruzamento ou com saídas de pressão num corredor ligando com o corredor contrário como aconteceu no terceiro golo, a equipa napolitana foi construindo uma vitória justa que pode ter fechado a eliminatória. Na Áustria, será preciso um milagre para uma reviravolta na eliminatória.
Deixe uma resposta